A década que passou (ou… ainda não) pode ser classificada de várias formas e ter vários elementos destacados como símbolos, mas poucos deles trouxeram uma revolução tão profunda na forma que nos relacionamos com a arte quanto os serviços de streaming. No campo da música, especialmente, nomes como Spotify e Apple Music redefiniram a experiência que temos com a primeira arte — e os números estão aí para comprovar isso.
A RIAA (Recording Industry Association of America), associação representante das gravadoras e distribuidoras de música dos EUA, publicou algumas estatísticas que comprovam: ao longo dos últimos dez anos, nossos hábitos musicais fizeram uma transição quase completa para os serviços de streaming. Os números são relativos aos Estados Unidos, mas ajudam a termos uma ideia geral de como a coisa está caminhando.
Vejam o tweet acima para comprovar: em 2010, o streaming representava 7% do consumo de músicas nos EUA, contra 52% das mídias físicas e 38% de downloads digitais (como os da iTunes Store). Em 2019, a situação muda completamente: 80%(!) do consumo de músicas vem de plataformas de streaming, contra 9% tanto das mídias físicas quanto dos downloads digitais.
A associação também fez um levantamento da quantidade total de assinantes (pagos) de serviços de streaming nos EUA: de 1,5 milhão de pessoas em 2010, o país pulou para 61,1 milhões de usuários no primeiro semestre de 2019 — e a tendência é de crescimento ainda maior nos próximos anos.
Essa mudança pode ser creditada em partes, claro, ao Spotify e ao Apple Music — o primeiro chegou aos EUA em 2011, enquanto o segundo foi lançado em 2014. Outros nomes importantes da área, como o Deezer, o SoundCloud, o Pandora, o Amazon Music e o YouTube, também precisam ser citados, claro.
Vale, também, notar uma estatística curiosa: remando contra a maré, a receita proveniente dos discos de vinil veio crescendo ano após ano durante a última década — de cerca de US$75 milhões gastos com os famosos bolachões em 2010, nos EUA, pulamos para quase US$450 milhões em 2018. Legal, não?
via Engadget