Após uma redução nos gastos com lobbying (lobismo, em português) em 2018, a Apple voltou a investir na Casa Branca no ano passado, de acordo com uma nova estatística publicada pelo MarketWatch. Mais precisamente, a Maçã aplicou US$7,4 milhões na sua relação com o governo americano em 2019, um valor recorde para a empresa — mas consideravelmente menor do que algumas das suas concorrentes.
Para quem não sabe, lobismo é um tipo de atividade de influência na qual um grupo/empresa investe na relação com o poder público para obter certas regalias (ou ser favorecida) em decisões governamentais. Enquanto muitos podem achar que isso possui alguma conotação negativa, nos Estados Unidos essa é uma prática comum e legalizada.
O MarketWatch também analisou que a Apple começou investir mais com lobbying em 2016, ano em que Donald Trump assumiu a presidência. Anteriormente, a companhia nunca havia investido mais de US$5 milhões com a prática, mas nos últimos três anos eles aumentaram consideravelmente.
Esse aumento, porém, não foi suficiente para colocar a Maçã entre as empresas que mais gastam com lobismo nos EUA. De fato, a gigante de Cupertino não chega nem perto: enquanto o Facebook gastou US$16,7 milhões, a Amazon e o Google investiram US$16,1 milhões e US$11,8 milhões, respectivamente.
De acordo com a lei americana, as empresas não precisam divulgar nada além do montante investido em lobbying, então não há como saber precisamente o destino desses vários milhões de dólares. Não obstante, sabemos que a companhia contratou um lobista pró-Trump para, possivelmente, amenizar o efeitos das tarifas sobre produtos importados da China — motivo pelo qual a Maçã pode ter despedido alguns milhões a mais.
via 9to5Mac