O melhor pedaço da Maçã.

Apple TV+ é considerado abaixo da média por consumidores dos EUA; “Dickinson” vence prêmio Peabody

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Worawee Meepian / Shutterstock.com
Apple TV+

Mais um dia, mais uma leva de notícias sobre o Apple TV+! Vamos lá?

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ASCI

Para começar, uma notícia não muito boa para a Maçã: sua plataforma de streaming não se saiu bem na última pesquisa do American Customer Satisfaction Index (ACSI), um dos indicadores de satisfação mais respeitados dos Estados Unidos.

Na categoria de serviços de streaming de vídeos, o Apple TV+ conquistou 74 pontos em 100 possíveis — suficiente para ficar em 12º lugar de 19 plataformas pesquisadas. O serviço da Maçã ficou abaixo da média de satisfação da categoria (de 76 pontos), e empatou com dois fortes concorrentes: o Google Play e a plataforma de streaming da HBO.

O Disney+ conquistou a coroa do levantamento, com 80 pontos, enquanto a Netflix ficou com o vice-campeonato (78). A Apple marcou outra presença mais honrosa no ranking, com o aplicativo Apple TV — que não deve ser confundido com o Apple TV+ e reúne conteúdos da iTunes Store e outras plataformas de streaming; o app ficou em terceiro lugar no levantamento, com 77 pontos (empatado com o Hulu).

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Resta saber, agora, o que a Apple fará para reverter a situação: a empresa tem um catálogo enorme de séries e filmes em produção (interrompida por conta da pandemia do novo Coronavírus, claro, mas que sairão em algum momento) e ainda há o rumor de que o Apple TV+ passará a exibir também conteúdo licenciado. Será o suficiente?

Prêmio Peabody para Dickinson”

Nem tudo são lamentos para a Maçã, entretanto: “Dickinson”, uma das primeiras séries originais do Apple TV+, conquistou recentemente uma das honrarias mais distintas da indústria de mídia dos EUA: o George Foster Peabody Award, mais conhecido como Prêmio Peabody.

Pôster de "Dickinson"

Como já comentamos aqui, “Dickinson” foi indicada na categoria de entretenimento — e dividiu o prêmio com alguns concorrentes de peso, como as séries “Chernobyl”, “Watchmen” (ambas da HBO), “Stranger Things”, “Olhos que Condenam” (ambas da Netflix) e “Fleabag” (do Amazon Prime Video).

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A Fundação George Foster Peabody definiu a série da Maçã da seguinte forma:

“Dickinson” é difícil de descrever por ser tão moderna e revigorante. Uma mistura de drama histórico literário, conflitos adolescentes e comédia romântica, a série segue a vida da célebre poetisa americana Emily Dickinson. A criadora Alena Smith, entretanto, abraça o anacronismo encantadoramente, mandando de volta no tempo senso, sensibilidade e trilha sonora contemporâneos. […] Mais do que tudo, a série é excelente no divertimento, vibrando com energia e uma originalidade feroz. Mais precisa historicamente do que sua abordagem arteira poderia sugerir, “Dickinson” ainda assim permite que a história seja divertida, e deixa que sua personagem histórica central explore sua identidade em vez de transformá-la num monumento chato. Uma estréia forte do Apple TV+, “Dickinson” recebe o Prêmio Peabody pelo deleite.

Muito bem, então — que venham os próximos prêmios.

Detalhes de “See”

Por fim, a CNET publicou uma reportagem bem interessante sobre uma das séries originais da Maçã, “See” — ou, mais precisamente, sobre o consultor de deficiências visuais (e produtor associado) da série, Joe Strechay.

Pôster de "See"

Strechay, que já trabalhou como consultor em diversas produções envolvendo personagens com deficiências visuais (como “Demolidor”, da Netflix), é cego desde os 19 anos por conta de uma distrofia conhecida como retinite pigmentosa.

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Na reportagem, o produtor conta a experiência de tornar “See” o mais realista possível, dando dicas de comunicação entre pessoas com deficiências visuais, escrevendo notas nos roteiros e até mesmo cortando cenas inteiras por falta de verossimilhança. Ele também instruiu os atores a escolherem os elementos certos para cada cena.

O mais legal é que todas as cenas de ação e aventura da série, como as escaladas em cachoeiras e as longas navegações, foram realizadas por Strechay — a partir das ações dele, os atores ajustavam suas performances para tornar as cenas mais realistas.

A leitura completa, no site da CNET, vale muito a pena.

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