Quantas frutas uma empresa pode possuir? Essa é a pergunta que os criadores da startup australiana Pineapple devem estar fazendo a si mesmos.
A empresa, fundada no ano passado em Melbourne, tem como propósito ajudar seus clientes a economizar dinheiro. Isso é feito com a ajuda de um app, pelo qual usuários podem conectar suas contas bancárias e monitorar suas despesas; o app incentiva todos a “economizar um abacaxi (pineapple) por semana” para guardar dinheiro — “pineapple” é a gíria local para a nota de AU$50.
O aplicativo da Pineapple foi lançado na última semana, mas a empresa encontrou problemas para registrar a marca: advogados da Apple se opuseram ao registro na justiça australiana, impedindo (ao menos temporariamente) que os fundadores da empresa, Kari Marsden e Luke Campbell, usem a palavra “Pineapple” como nome da operação.
A Apple não se pronunciou sobre o caso, mas fica claro que, para a Maçã, ter uma outra empresa tecnológica utilizando o nome de outra fruta (que contém o sufixo “apple”) é suficiente para causar confusão na cabeça dos consumidores — ainda que a empresa em questão seja uma pequena startup australiana que não concorre em basicamente nenhuma área com a gigante de Cupertino (alguém poderia citar o Apple Card, mas são serviços totalmente diferentes).
Os cofundadores da Pineapple, claro, não gostaram nada da atitude da Maçã. Ao Herald Sun1Matéria fechada para assinantes., Marsden afirmou o seguinte:
A Apple já foi jovem um dia — eles eram uma empresa inovadora e escolheram um nome bem inusitado. Nós imaginamos que eles apoiariam uma startup como a nossa.
Agora, Marsden e Campbell precisarão contratar um advogado para disputar a marca na justiça com a Apple — uma batalha que, segundo os cofundadores, poderá durar no mínimo um ano. Que coisa…
Notas de rodapé
- 1Matéria fechada para assinantes.
