A pandemia do novo Coronavírus (COVID-19) tem representado um abalo e tanto para a grande maioria dos setores econômicos, mas nem todos: as plataformas de streaming musical, por exemplo, têm visto a contagem de assinantes subir em ritmos maiores do que o normal nos últimos meses — ao menos é o que mostra o levantamento mais recente da Counterpoint Research, referente ao primeiro trimestre de 2020.
O Spotify, naturalmente, continua como líder de mercado: a firma estima que a plataforma abocanha, atualmente, 33% dos assinantes de serviços de streaming musical — mas o número cai um pouco quando a métrica é o faturamento: os suecos detêm 30% de toda a receita do mercado.
O Apple Music, por sua vez, está consolidado na vice-liderança do segmento, com 21% das assinaturas e 25% da receita — o que mostra que a Maçã, como em outras áreas, pode não ser a líder de mercado, mas consegue fazer render melhor o dinheiro que recebe dos seus assinantes.
Segundo o analista Abhilash Kumar, a Apple conseguiu potencializar a adoção do Music expandindo o serviço para 52 países nos últimos meses e oferecendo períodos de teste estendidos para novos usuários. Kumar citou também o bom trabalho da Maçã em adicionar novos recursos à plataforma, como a possibilidade de compartilhar músicas nos Stories do Instagram e do Facebook — coisa que chegou com o iOS 13.5.
Convém, à Apple, prestar atenção no Amazon Music: o serviço de Jeff Bezos viu um crescimento de 104% na comparação ano a ano e abocanhou 12% das assinaturas do segmento, acima do YouTube Music (9%) e do Pandora (9%). No geral, o mercado dos serviços de streaming cresceu 35% na comparação com o primeiro trimestre de 2019.
A tendência, agora, é que os números cresçam ainda mais: com ainda mais gente ao redor do mundo em casa no segundo trimestre de 2020, é de se esperar que a contagem de assinantes desses serviços tenha crescido. Resta saber quem vai se beneficiar desse novo cenário.
via Musically