O melhor pedaço da Maçã.

Apple é mais uma vez criticada por ativistas em Hong Kong

Mais um capítulo na sinuca de bico da empresa
Jimmy Siu / Shutterstock.com
Protestos em Hong Kong

Mais um dia, mais uma polêmica relacionada à complicada posição da Apple em meio aos conflitos entre China e Hong Kong. Desta vez, como informou o Quartz, a controvérsia está relacionada a um aplicativo chamado PopVote.

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Explico: o aplicativo, desenvolvido por ativistas do movimento democrático de Hong Kong, serve como uma espécie de plataforma de votações extra-oficial — efetivamente, atuando como um termômetro para a popularidade de candidatos a cargos públicos que se opõem ao domínio de Pequim sobre o território. Só tem um problema: a App Store rejeitou a entrada do PopVote nos seus domínios.

De acordo com os desenvolvedores do aplicativo, a equipe da App Store rejeitou a primeira versão alegando problemas no seu código. A equipe enviou uma nova versão do app corrigindo os problemas citados, mas a Apple nunca os respondeu — mesmo após várias tentativas de contato.

Em contraponto, o PopVote para Android foi aprovado rapidamente e já está disponível no Google Play há alguns dias; o app, inclusive, foi usado para registrar parte dos 600.000 votos realizados nas eleições primárias (extra-oficiais) realizadas pelos ativistas de Hong Kong no último fim de semana.

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Um dos conselheiros do PopVote, Edwin Chu, afirmou à reportagem que “pensa estar sendo censurado pela Apple”. Por outro lado, oficiais de Hong Kong alertaram que a existência do app (e das eleições extra-oficiais) vai contra a nova lei de segurança nacional posta em vigor por Pequim no início do mês — neste caso, a Maçã estaria simplesmente seguindo as leis chinesas (o que não nos impede de debater a moralidade dessas leis, claro).

A Apple não se pronunciou, mas claramente o caso é mais um exemplo da sinuca de bico em que a empresa está se vendo em Hong Kong. Por um lado, o discurso dos ativistas é muito mais alinhado com a imagem pública aberta e democrática que a Maçã gosta de passar; por outro, a China representa um dos mercados mais importantes da empresa. Ir contra as leis de Pequim pode significar uma saída do maior mercado consumidor do mundo — algo que o Google já fez, mas certamente a Apple não está interessada em repetir.

Vamos, portanto, acompanhar os próximos passos dessa história.

via AppleInsider

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