Estava eu muito feliz e realizado com o meu MacBook Air de 15 polegadas e prometendo nunca mais comprar um MacBook Pro na vida, mas eis que a Apple lança o chip M3 apenas na linha Pro. E o que fazer com a vontade de testar a nova máquina? Lá vamos nós, então, mergulhar nessa!
Meu MacBook Air tem 24GB de memória e 1TB de armazenamento, um máquina muito boa, leve e, apesar da tela maior, bem portátil — como apontei no meu review.
Talvez você pense ser meio sem propósito este comparativo, tendo em vista que as duas configurações possuem públicos-alvo diferentes. Mas, para muitas pessoas, esse pode ser um dilema na hora de adquirir ou trocar um MacBook. A qualidade de computadores cresceu tanto que essa não é necessariamente uma decisão óbvia.
Vamos, então, às primeiras impressões do MacBook Pro (M3) depois de duas semanas de uso e um comparativo com o MacBook Air.
Unboxing e hands-on
A experiência de abrir um produto Apple é sempre interessante, especialmente nessa nova fase de embalagens com zero carbono. Nada de novo exatamente até aqui. A grande expectativa estava em ver a nova cor, preta-espacial.
Eu gostei bastante dela, mas para ser muito sincero, esperava que fosse mais escura. Não ficou tão diferente assim do tradicional cinza-espacial, especialmente dependendo do ângulo e da incidência de luz. Um destaque no lançamento foi afirmar que o novo modelo está à prova das famosas “marcas de dedo” (um grande incômodo no MacBook Air, diga-se de passagem; a cor meia-noite é linda, mas ela fica todo marcada em minutos).
Realmente, a nova cor marca muito menos, mas isso não significa que você não terá nenhuma marca — um pouquinho ainda aparece. Fora a cor, o modelo é rigorosamente igual ao MacBook Pro antigo, com M2. A configuração da maquina que peguei é com o chip M3 Pro, 36GB de memória e 1TB de armazenamento.
Impressões de uso
O desempenho do Apple Silicon tem sido tão surpreendente em termos de performance e eficiência energética que fica difícil melhorar muito percentualmente. Ainda assim, ao usar o MacBook Pro, podemos perceber uma máquina muito potente e rápida.
A tela é muito boa, o som espacial é espetacular (não sei como eles conseguem fazer isso sem fones de ouvido) e a velocidade da máquina impressiona. Mas a maioria desses itens já estavam presentes na versão anterior, e, comparando com o MacBook Pro (M2 Pro) de um colega, a diferença de performance é bem pequena, chegando a cerca de 7% a 12% mais rápido dependendo da tarefa.
Depois de alguns minutos usando, é praticamente imperceptível a diferença entre as duas gerações.
MacBook Pro vs. MacBook Air
Antigamente, havia um grande distância entre as versões Air e Pro dos MacBooks. Com a chegada do Apple Silicon, essa diferença diminuiu sensivelmente. Logo no lançamento do M1, em 2020, diversos blogs e canais no YouTube trouxeram comparativos entre o Pro e o Air para fazer a escolha, especialmente devido ao fato que a diferença real entre os dois era mínima — naquela época, o design dos modelos ainda eram os antigos.
Os novos MacBooks Pro, e depois os novos MacBooks Air, elevaram essa discussão a outro patamar, com visuais modernos e inovadores. Se é verdade que os iPhones têm evoluído pouco de uma versão para outra, os MacBooks passaram por um salto gigantesco.
Os 40mm a mais de altura do MacBook Pro 14″ em relação ao Air de 15″ fazem bastante diferença ao manuseá-lo e carregá-lo e, embora sejam apenas 100g de diferença de peso entre eles, a sensação é de que o Pro é bem mais pesado — talvez pela distribuição do peso em si. Apesar disso, uma grande vantagem do Pro são as suas portas incorporadas, com HDMI, cartão SD e, especialmente, USB-C dos dois lados — o que ajuda muito na praticidade de poder recarregá-lo de qualquer lado, caso você precise.
O consumo energético do Pro é maior. Talvez por isso a Apple prometa até 18 horas de uso no MacBook Air contra 15 horas no Pro (comparativo de navegação web, não de reprodução de vídeo). Contudo, a qualidade da tela tem grande influência nisso. São nitidamente diferentes, com grande superioridade para a tela do Pro. Mas convenhamos que essa diferença de qualidade faz diferença para tipos bem específicos de trabalho. O mesmo pode-se dizer sobre a qualidade de som, muito superior que a do MacBook Air. Contudo, poucas pessoas usam o computador sem fones de ouvido.
Em um comparativo de desempenho, o M3 Pro não foi tão diferente assim em relação ao M2. Obviamente é mais rápido, mas para a grande maioria das tarefas, é uma diferença quase imperceptível. Em softwares e tarefas mais pesadas, ele se destaca e não traz a incômoda roda colorida que às vezes aparece no Air.
Conclusão
Não fiz um estudo aprofundado e estatístico, mas arrisco dizer que, para o uso de 90% das pessoas, um MacBook Air (M2) é mais que suficiente. A máquina é leve, portátil e potente, com uma bateria surpreendente.
Se você gosta de mais espaço na tela, a opção de 15″ dá um show de aproveitamento em um modelo muito fácil de usar. Temos a tendência de buscar o melhor equipamento disponível (nesse item, sou réu confesso), mas muitas vezes é apenas um investimento maior parado para manter um status desnecessário de equipamento.
Sim, existem profissionais com usos realmente pesados do computador. E para essas pessoas, o M3, o M3 Pro e o M3 Max podem ser muito interessantes. O desempenho para quem edita vídeos de alta resolução, roda softwares estatísticos pesados, explora softwares de design ou trabalha com programação de jogos, economiza muito tempo no acumulado do trabalho, além de dispensar o uso de dongles para portas adicionais. No entanto, para isso será necessário um investimento maior e sacrificar parte da portabilidade com uma máquina mais espessa e um pouco mais pesada.
A diferença de preço entre o MacBook Air de 15″ (M2, 24GB de memória e 1TB de armazenamento) e o MacBook Pro de 14″(M3 Pro, 36GB de memória e 1TB de armazenamento) é de cerca de US$500. Pouco ou muito dinheiro? Depende do seu bolso e da sua necessidade.
Pensando futuramente em revenda, caso você tenha o hábito de vender um Mac para comprar outro, é importante ter em vista que a diferença entre eles no mercado de usados é bem maior que isso e, por incrível que pareça, os MacBooks Pro costumam vender mais rápido que os MacBooks Air — talvez justamente pela diferença de preço mais expressiva.
Vale lembrar, ainda, que certamente veremos um MacBook Air com chip M3 até o final do primeiro semestre de 2024, então, se você vai comprar uma nova máquina, precisa levar isso também em consideração.
E ai? Faz pouco tempo que você fez upgrade de Mac ou já está com uma máquina bem antiga? Qual é a sua preferência de configuração? Traga suas ideias nos comentários!
Preço parcelado: a partir de R$23.999,00 em até 12x
Cores: preto-espacial, cinza-espacial ou prateado
Chips: M3 (CPU de 8 núcleos; GPU de 10 núcleos), M3 Pro (CPU de 11 ou 12 núcleos; GPU de 14 ou 18 núcleos) ou M3 Max (CPU de 14 ou 16 núcleos; GPU de 30 ou 40 núcleos)
Memória: 8GB, 18GB, 36GB, 48GB, 64GB, 96GB ou 128GB
Armazenamento: 512GB, 1TB, 2TB, 4TB ou 8TB
Adaptador de energia: 70W, 96W ou 140W
Preço parcelado: a partir de R$10.999,00 em até 12x
Cores: meia-noite, estelar, cinza-espacial ou prateado
Chip: M2 (CPU de 8 núcleos; GPU de 8 ou 10 núcleos) ou M3 (CPU de 8 núcleos; GPU de 8 ou 10 núcleos)
Memória: 8GB, 16GB ou 24GB
Armazenamento: 256GB, 512GB, 1TB ou 2TB
Adaptador de energia: 30W, 35W (duas portas) ou 70W
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