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Fornecedora chinesa da Apple é acusada de violar direitos humanos e espionar povo uigure

A Nanchang entrou numa lista de 11 empresas do Departamento de Comércio dos EUA
Reuters/The Telegraph
Trabalhadores da Foxconn na China

De tempos em tempos, a Apple vê alguma das suas fornecedoras na Ásia envolver-se em algum tipo de polêmica — ainda que não devesse ser assim, é o preço que se paga por terceirizar a produção em países com leis trabalhistas questionáveis, para baratear ao máximo a fabricação dos produtos.

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Infelizmente, está acontecendo de novo: uma das fornecedoras da Maçã, a Nanchang O-Film Tech, entrou numa lista do Departamento de Comércio dos Estados Unidos junto a dez outras empresas chinesas acusadas de violar direitos humanos e espionar integrantes da etnia uigure. As informações são da CNET.

O problema da China com os uigures, povo de raízes muçulmanas que habita o território de Xinjiang (no noroeste do país), vem de longe: no ano passado, um relatório acusou Pequim de se aproveitar de uma vulnerabilidade no iOS para espionar os integrantes da população e coibir possíveis revoltas.

Agora, a lista do Departamento de Comércio dos EUA afirmou que a Nanchang e as demais empresas apoiaram “detenção arbitrária em massa, trabalho forçado, coleta não-voluntária de dados biométricos e análise genética” do povo uigure e outras comunidades minoritárias em território chinês. Por conta disso, as fornecedoras sofrerão sanções e restrições no comércio com empresas dos EUA.

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Além da Apple, a Nanchang mantém negócios com outras gigantes tecnológicas, como a Amazon, a Microsoft e a Dell. Não há detalhes, entretanto, sobre os componentes produzidos ou serviços realizados pela fornecedora para a Maçã — a empresa é descrita genericamente como uma fabricante de câmeras, telas sensíveis ao toque e sensores biométricos, sem especificar quais desses produtos são fornecidos às suas clientes.

A Apple não se pronunciou sobre o assunto, então possivelmente teremos que aguardar o próximo relatório de responsabilidade com fornecedores da empresa — lembrando que, em um dos documentos recentes liberados pela companhia, ela afirmou ter rescindido o contrato com diversas refinarias acusadas de violar direitos humanos. Veremos se, desta vez, a mesma decisão será tomada.

via AppleInsider

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