O famigerado Mac mini do Developer Transition Kit, equipado com chip A12Z Bionic da Apple, já ganhou benchmarks antes — mas aqueles primeiros números foram obtidos rodando a ferramenta Geekbench 5 por cima do Rosetta 2, a camada de compatibilização do macOS para rodar aplicativos baseados em Intel/x86. Agora, o 9to5Mac chegou com informações atualizadas — e bem animadoras.
Segundo o site, alguém conseguiu rodar o Geekbench 5 de forma nativa no Mac mini equipado com Apple Silicon. Ainda não há detalhes sobre como o processo foi feito, mas a matéria supõe que o Mac tenha sido posto em modo de recuperação, com seus recursos de segurança desligados, e dando uma assinatura de código à ferramenta de benchmarks.
O fato é que os números são ótimos: o Mac mini com chip A12Z conseguiu pontuação 1.098 no teste de núcleo único e 4.555 pontos em multi-núcleos. Isso já representa um bom salto em relação ao teste anterior, emulado, em que vimos pontuações nas casas dos 800 e 2.700, respectivamente.
![Benchmarks nativos do Mac Mini com Apple Silicon](https://macmagazine.com.br/wp-content/uploads/2020/07/Df0YQENx.jpg-medium.jpeg)
Outra comparação, ainda melhor, é a com o atual MacBook Air de entrada: o ultraportátil da Apple tem uma pontuação de 1.005 com um único núcleo, ou 2.000 pontos na medição multi-núcleos — o que é esperado, considerando que estamos comparando máquinas dual-core com quad-core.
De qualquer forma, há de se lembrar que o chip A12Z já tem dois anos de idade (ele é quase idêntico ao A12X, de 2018, com a única diferença da adição de um núcleo extra de GPU1Graphics processing unit, ou unidade de processamento gráfico.). Ou seja, quando a Apple de fato lançar Macs equipados com o Apple Silicon, será com chips novos e mais capazes — com números, portanto, ainda melhores. É um bom começo, não é mesmo?
Mais detalhes do Apple Silicon
Enquanto isso, o desenvolvedor Steve Troughton-Smith compartilhou no Twitter mais alguns detalhes sobre o Apple Silicon — ou, mais especificamente, sobre o comportamento de aplicativos do iOS rodando nativamente nos Macs equipados com chips da Maçã.
Resumindo a coisa toda: o suporte aos apps do iOS funcionará de forma quase invisível — o trabalho que os desenvolvedores terão, se muito, será o de ajustar alguns layouts aqui e ali para que tudo funcione nos conformes.
Resta torcer, agora, para que a comunidade dev abrace em massa a opção de disponibilizar seus aplicativos no macOS. Será ótimo, não?
Notas de rodapé
- 1Graphics processing unit, ou unidade de processamento gráfico.