O que você acha de fazer um review de um produto que ainda nem foi lançado? Bem, leve isso em consideração ao saber dos comentários de Paul Goldberg, crítico de arquitetura na New Yorker, sobre o novo campus que a Apple pretende construir em Cupertino: tomando como base as imagens que já foram tornadas públicas, Goldberg analisou o que tal construção pode significar. Spoiler: o fim da Maçã.
Criação da Foster + Partners, o Apple Campus 2 tem cerca de uma milha de diâmetro — é tão grande que mal é possível para uma pessoa ter noção do formato circular dele. Tamanha escala pode vir a ser um problema arquitetônico, já que ela não se conecta às dimensões humanas. Goldberg chega a comparar o prédio a “uma versão do Pentágono do século XXI”, além de concordar com a opinião de Christopher Hawthorne quanto aos problemas que tal empreendimento pode trazer.
A parte mais suculenta, porém, fica no final: o que significa para uma grande empresa passar a ocupar um grande espaço? Coisa boa é que não é, se a História for uma medida para isso: há diversos exemplos de companhias que afundaram pouco tempo depois de adotar espaços faraônicos (Goldberg cita AT&T, General Foods, Union Carbide e The New York Times Company). A relação entre uma coisa e outra pode estar no fato de que, ao construir uma casa grande demais, a empresa dá um sinal de que está começando a perder noção da realidade, um problema que se manifesta de várias outras formas ao longo do tempo.
Com uma crítica agourenta desse tipo, talvez seja aconselhável mudar um pouco os planos de arborização do Apple Campus 2 e incluir algumas centenas de pés de arruda, só pra garantir as boas vibrações no lugar. Até porque esse terreno já foi ocupado pela HP, há muito e muito tempo. Tendo em vista a situação na qual ela se encontra… bem, é melhor plantar milhares de pés de arruda no lugar e mandar benzer tudo. 😛
[via Fortune Tech]
