Ninguém esperava que o Apple Music fosse tomar o mundo do streaming de assalto com meia década de existência, mas a plataforma da Maçã até que está indo muito bem: o serviço já se estabeleceu como segunda força do segmento e, de acordo com o analista Gene Munster (da Loup Ventures), tem potencial para crescer ainda mais.
Munster publicou hoje um artigo falando sobre os prospectos do possível lançamento do “combo” de serviços da Maçã, o rumorejado “Apple One”. Nesse contexto, o analista comentou que o Apple Music está convertendo “consumidores potenciais” em pagantes numa taxa 2,5x maior que a do Spotify.
Segundo Munster, isso ocorre por alguns fatores. Para início de conversa, as pessoas valorizam experiências integradas, exatamente como aquela oferecida pelo Apple Music dentro do ambiente do iOS — vale notar que, nas estimativas do analista, 95% dos assinantes da plataforma da Maçã têm iPhones ou iPads. Além disso, usuários do iOS têm renda média mais alta que os do Android, o que influencia na conversão desses potenciais assinantes.
O Apple Music tem hoje, nas estimativas da Loup Ventures, 82 milhões de assinantes — 22 milhões a mais em relação ao número divulgado em meados do ano passado. Isso representa uma fatia de 8% do universo de usuários ativos de iPhones no mundo, hoje (980 milhões).
Apesar da taxa de conversão mais alta da Maçã, as fatias de mercado do Spotify e do Apple Music têm mantido-se estáveis pelos últimos dois anos: hoje, segundo Munster, a gigante sueca tem 34% do mercado global de streaming de músicas, enquanto a Apple tem 20%. Em 2018, esses números eram de 35% e 18%, respectivamente — e olha que, de lá para cá, vários outros competidores surgiram (ou cresceram) no segmento, como o Amazon Music, o YouTube Music e o Tencent Music.
Por fim, o analista estimou que o tíquete médio do Apple Music (ou seja, o valor médio pago pelo seu universo de assinantes) é de US$7. Com isso, a plataforma gerará cerca de US$6,8 bilhões em receita para a Maçã em 2020 — ou algo em torno de 2,5% do seu faturamento total.
Nada mau, hein?
via iMore