Ao comentarmos que a Apple considera devolver ainda mais dinheiro a seus acionistas, falamos que um dos principais investidores da Maçã (David Einhorn, fundador e presidente da Greenlight Capital) processou a empresa por entender que uma das propostas que iriam para votação na próxima reunião entre acionistas poderia eliminar a possibilidade de a empresa emitir ações preferenciais.
David Einhorn, da Greenlight Capital.
A Apple esclareceu que, ao contrário do que a Greenlight imaginava, a tal da proposta não iria eliminar a possibilidade de ela emitir ações preferenciais, mas isso não impediu a Greenlight de entrar com uma ação contra a firma de Cupertino.
Ontem, de acordo com a Reuters, o juiz Richard Sullivan deu seu parecer sobre o assunto e bloqueou a votação da tal proposta pois ela seria “imprópria”. Rapidamente, a Greenlight se manifestou:
Esta é uma vitória significativa para todos os acionistas da Apple e para a boa governança corporativa.
Estamos satisfeitos que o Tribunal reconheceu que o procuração da Apple não é compatível com as regras da SEC, pois a proposta 2 trata de assuntos diferentes. Estamos ansiosos para avaliação da Apple de nossa ideia “iPref” [preferência de ações] e nós incentivamos os acionistas companheiros a exortar a Apple a desbloquear o valor significativo que reside em seu balanço.
Obviamente a Apple não gostou nada do parecer e disse estar decepcionada com a decisão do juiz. Para a empresa, a proposta 2 faz parte de um esforço para melhorar ainda mais a governança corporativa, mas, devido à decisão, a votação — que estava marcada para a reunião anual de acionistas, a qual acontecerá em 27 de fevereiro — está devidamente cancelada.