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Bastidores: como a Apple captura dados para criar seus mapas

Carro dos Mapas da Apple

Desde que a Apple resolveu desafiar o Google e criar o seu próprio mapa do mundo, uma coisa era certa: ela, assim como sua concorrente, teria que colocar carros nas ruas equipados com câmeras, sensores e tudo mais a fim de capturar informações e alimentar esse novo filho que estava nascendo.

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E esse é um trabalho que não termina, afinal, o mundo muda todos os dias e um mapa com informação desatualizada não é uma ferramenta tão útil assim. Pois o 9to5Mac contou como essa captura de informações é feita, no caso do Apple Maps.

As informações foram compartilhadas com o site pelo usuário do Twitter @YRH04E. Como sabemos, a Apple começou coletando esses dados usando vans, mas agora usa carros Impreza (da marca Subaru), conhecidos internamente como “Ulysses”. Os veículos fazem parte da equipe 3D Vision da Apple, responsável por combinar vários dados com tecnologias de visão computacional e aprendizado de máquina para fornecer imagens 3D no Mapas.

Esses Imprezas são muito modificados e contam com dezenas de peças que não fazem parte de um carro de passeio, incluindo uma torre no teto com câmeras avançadas de alta resolução, lentes Zeiss, scanners LiDAR e um Mac Pro (modelo 2013) para processar todos os dados capturados em tempo real. Tudo isso fica armazenado em quatro SSDs de 4TB cada, os quais ficam completamente cheios em uma semana.

Além do Subaru, a Apple também utiliza carros Lexus (codinome “Tyche”) — mas esses são relacionados ao “Projeto Titan” (carro/sistema autônomo da Maçã).

EyeDrive (o software usado em veículos que coletam dados para o Mapas).
Ulysses vs. Tyche (os dois hardwares de configuração do veículo).

Segundo o 9to5Mac, tudo isso é controlado pelo EyeDrive, que nada mais é do que um iPad modificado com apps homônimos, que fornecem as atribuições e permitem o gerenciamento dos dados coletados.

A coleta de dados começa pela manhã, após o sol atingir um ângulo de 30º graus acima do horizonte, e vai até a noite, quando ele atinge novamente essa angulação — isso porque o sol interfere no funcionamento dos sensores LiDAR. A Apple também exige que as capturas sejam feitas em condições climáticas perfeitas para fornecer imagens com qualidade para usuários — ou seja, nada de sair por aí capturando tudo em dias nublados/chuvosos.

Quem define a rota e para onde o motorista precisa ir é o EyeDrive, o qual é comandado por um operador. Ele pode inclusive verificar as imagens no iPad em tempo real a fim de ver se tudo está dentro da qualidade esperada. As ruas/os locais já percorridos são identificados por uma linha verde, e o motorista pode informar caso uma rua esteja inacessível, a área em si seja uma propriedade privada ou até mesmo se ainda está em construção.

Com os dados devidamente capturados, os carros são inspecionados e os SSDs, enviados para a Apple; todos as informações são usadas principalmente para melhorar recursos dos Mapas, como Flyover e Olhar ao Redor.

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Os carros em si são guardados em locais seguros específicos e não-revelados. Como tudo na Apple, até mesmo os donos desses edifícios onde os carros ficam são desconhecidos, já que esses aluguéis são feitos em nome de uma empresa de fachada, de propriedade da Apple.

Que trabalheira, hein!


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