Há alguns meses, trouxemos para cá um vídeo mostrando como funciona o mecanismo de expulsão de água dos alto-falantes do Apple Watch — nele, o relógio emite alguns sons em frequências específicas para que as gotinhas de água alojadas na cavidade sejam expelidas, mantendo o funcionamento do alto-falante sempre em dia.
Pois agora, anos depois da criação do recurso, pode ser que algum iPhone futuro ganhe mecanismo semelhante. Ao menos é o que indica uma patente recentemente registrada pela Maçã, como notou o Patently Apple.
A ferramenta funcionaria basicamente da mesma forma como já ocorre no Watch: o iPhone teria sensores que detectariam a presença de água (ou qualquer outro líquido, naturalmente) na câmara do alto-falante e ativariam, com um comando do usuário, a sequência de sons para expelir o líquido. Mais que isso, o mecanismo poderia expelir água salgada, vapor e outros elementos potencialmente destrutivos para a saúde interna do aparelho.
Os iPhones já têm certificados de resistência à água há alguns anos, mas a entrada de líquidos nas cavidades ainda existentes (porta Lightning, microfones ou os próprios alto-falantes) continua a ser um problema. Por mais que a engenharia dos aparelhos faça de tudo para que a água não passe dessas aberturas para os seus componentes internos, as cavidades continuam sendo o “ponto fraco” da resistência a líquidos — portanto, qualquer tecnologia para expeli-los é bem-vinda.
As patentes trazem os detalhes técnicos das possíveis tecnologias, mas a Apple está explorando diferentes sistemas para o mecanismo. Um deles envolve uma camada hidrofóbica dentro da cavidade dos alto-falantes, que já repeliria água naturalmente e facilitaria o trabalho da expulsão; outro traria um diafragma que criaria diferença de pressão dentro da câmara para expulsar o líquido, enquanto um terceiro usaria ímãs para gerar calor e evaporar a umidade.
Obviamente, tudo isso ainda reside somente no mundo das ideias — pode ser até que um mecanismo do tipo nunca chegue a ver a luz do dia num iPhone… ou pode ser que sim. Mal não faria, não é verdade?