Como em todas as versões do macOS (e não só dele), dezenas de desenvolvedores de apps devem atualizar seus softwares a fim de torná-los compatíveis com os novos sistemas — em alguns casos, porém, eles dão de frente com algumas barreiras.
Esse é o caso do Carbon Copy Cloner, um popular software que permite fazer backups de discos inteiros e partições no macOS com facilidade. No entanto, o macOS Big Sur trará mudanças fundamentais na maneira como o Mac gerencia seus volumes, e isso afetará softwares como o CCC.
Mais especificamente, o macOS Big Sur adiciona fortes proteções criptográficas para armazenar o conteúdo do sistema em um “Volume de sistema assinado” (Signed system volume, ou SSV), como indicado nesse documento de suporte da Apple.
O SSV apresenta um mecanismo de configuração do kernel (núcleo) que verifica a integridade de um conteúdo do sistema em tempo real e rejeita qualquer dado que não tenha uma assinatura criptográfica válida da Apple — um tipo de “permissão” que o CCC e outros softwares do tipo não têm.
Apesar disso, ferramentas de backup de terceiros ainda podem fazer backups do Mac, porém alguns conteúdos de backups inicializáveis se tornam inacessíveis.
Sendo assim, a versão mais recente do CCC (5.1.22) funciona com o macOS Big Sur, mas só é capaz de criar cópias do volume do sistema que não são inicializáveis. Os desenvolvedores do software alegaram que a Apple está ciente dessa limitação e atualmente está trabalhando para resolvê-la.
Até lá (se você realmente depende de backups inicializáveis do CCC), convém evitar a instalação do macOS Big Sur quando a Apple disponibilizá-lo para todos os usuários — presumivelmente na semana que vem, logo após o evento especial da companhia no dia 10 de novembro.
via 9to5Mac