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Review: monitor BenQ PD3220U, de 32 polegadas

Há algumas semanas, publiquei aqui no site/em nosso canal do YouTube um vídeo de unboxing e hands-on do BenQ PD3220U, monitor de 32 polegadas com resolução 4K UHD, destinado a designers.

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Pois bem, após algumas semanas de uso dessa belezinha, lhes trago aqui o meu review do produto.

Vídeo

Caso você não tenha visto o vídeo, aqui está:

YouTube video

Tamanho

O tamanho diagonal exato desse monitor é de 31,5 polegadas, medindo 412,2×714,8×86,63mm (sem a base) e pesando 7,9kg.

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É um tamanho fenomenal (praticamente o mesmo do Pro Display XDR da Apple, diga-se), muito imponente, que para mim chega a ser até um pouco exagerado — ao menos aqui no meu setup.

Explico: como eu sabia que só ficaria com esse monitor por algumas semanas, não montei aqui um setup “definitivo” para ele. Isso consistiria em usar um braço preso à minha mesa (com suporte VESA), e provavelmente deixaria meu MacBook Pro em modo clamshell — mas, para isso, teria que comprar um teclado Bluetooth externo.

Como não foi esse o caso, preferi usar o monitor posicionado ao fundo da minha mesa, com o MacBook Pro na frente. E, usando dessa forma, acho que preferiria se ele tivesse 24, talvez no máximo 27 polegadas. Mas isso é apenas uma preferência minha, mesmo; o tamanho dele não é demérito nenhum, muito pelo contrário.

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Aliás, o design dele na cor cinza espacial acabou caindo como uma luva ao lado do meu MacBook Pro. Parece mesmo que um foi feito para o outro. 😊

Resolução

Como citei lá no começo, esse é um monitor 4K. Ele tem 3840×2160 pixels de resolução (proporção 16:9), o que lhe dá uma densidade de 140 pixels por polegada.

Considerando que estamos falando de um monitor de 32″ e a distância que alguém normalmente usará um display desse tamanho, posso afirmar contundentemente que sim, essa densidade é suficiente para considerá-la uma “tela Retina”.

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Todavia, como falei, usei o BenQ PD3220U por algumas semanas bem próximo ao meu MacBook Pro de 16 polegadas, que tem uma resolução de 3072×1920 pixels e 226 pixels por polegada de densidade. A diferença é muito perceptível, especialmente se você estiver comparando uma tela com a outra.

Se o BenQ PD3220U fosse 5K, acho que eu já não teria do que me queixar. E entendo por que a Apple “chutou o balde” e foi diretamente para 6K(!) de resolução, no caso do Pro Display XDR.

Esse é, por sinal, mais um motivo para eu desejar que ele fosse menor. Se tivesse 27 polegadas com a mesmíssima resolução, por exemplo, a densidade de pixels aumentaria para 163; se tivesse 24 polegadas, seriam 184 pixels por polegada.

Cores e ângulo de visão

De acordo com a BenQ, o PD3220U cobre 100% do espaço de cor sRGB e 95% do espaço DCI-P3, com tecnologia IPS e suporte a HDR10. Como mostrei no vídeo de unboxing, ele vem até com uma cartelinha de calibração preenchida a mão, certificada pela Calman e validada pela Pantone.

Não sou eu, então, que vou criticar aqui a qualidade de cor desse monitor. O que me deixa ainda mais tranquilo em relação a ele é que as cores são bem equiparadas às que vejo na tela do meu MacBook Pro, e sei que a Apple também manda muito bem nesse quesito.

Em mais de uma ocasião, fiz correção de cor em vídeos usando o BenQ PD3220U, depois comparei o resultado na tela do meu MacBook Pro e tudo estava totalmente de acordo. Não poderia ser diferente num monitor destinado a designers, né?

Quanto ao ângulo de visão, acho também os 178° prometidos pela BenQ bastante satisfatórios e cumpridos. O prejuízo num ângulo muito inclinado tende mais para o brilho do que para distorção de cores em si.

Aliás, apenas para constar aqui também, para os doidos por especificações: o BenQ PD3220U tem brilho máximo de 300cd/㎡ (acho que poderia ser um pouco melhor, nesse sentido, até porque ele tem uma camada anti-reflexo e também de redução de luz azul), contraste nativo de 1.000:1, tempo de resposta de 5ms, taxa de atualização de 60Hz (não é um monitor gamer, afinal de contas) e é “flicker-free”.

Suporte

O visual do suporte do BenQ PD3220U não é nem o melhor nem o pior que já vi, mas o funcionamento dele em si me surpreendeu bastante, positivamente.

Primeiro, como vocês também viram em meu vídeo de unboxing, a instalação da tela nele é uma coisa linda e muito prática.

Depois que, mesmo com esse design aparentemente tradicional, o suporte oferece ajustes de altura (150mm), inclinação vertical (de -5º a 20º) e horizontal (30° para cada lado) e permite até mesmo que o monitor seja virado para a vertical, em 90°. Muito bom!

Pensando nos dias atuais, essa base quadrada dele serviria perfeitamente como uma estação de recarga sem fio (Qi) para smartphones e afins. Quem sabe numa próxima geração?

Conectividade e extras

Quando a BenQ nos convidou a testar um dos seus monitores, obviamente foquei minha escolha nos modelos com Thunderbolt 3/USB-C — afinal, eu consigo conectá-lo ao meu MacBook Pro com um único cabo, que ainda pode alimentar o computador (a até 85W, no caso).

Na sua traseira, ele também tem ainda duas portas HDMI 2.0, uma DisplayPort 1.4, um hub com três portas USB 3.1, mais uma USB-C lateral e saída de 3,5mm para fones de ouvido.

Aliás, falando em fones, o BenQ PD3220U até tem dois alto-falantes integrados (de 2W), mas não consegui usá-los. São bem ruinzinhos, nem se comparam à potência e qualidade dos alto-falantes do meu MacBook Pro.

Outra coisa que mostrei no meu unboxing foi o “disco de hóquei” de atalhos G2 que vem com o monitor. Ele é bacana e certamente deve ter quem ame o que ele proporciona, mas eu acabei até esquecendo de usá-lo. Não contaria como ponto negativo nem positivo, é um extra.

O monitor vem pronto para ser usado tanto com Macs quanto com PCs e também oferece um comutador KVM, para facilitar o uso de um mesmo teclado/mouse em dois computadores com um ou dois monitores diferentes.

Conclusão

Vou concluindo este review já triste de ter que dar adeus ao BenQ PD3220U. Havia muito tempo que eu não experimentava trabalhar com um segundo monitor e, mesmo não tendo montado aqui o setup ideal para mim (como expliquei acima), foi muito bacana ter 8 milhões de pixels extras ao meu dispôr.

Como usei ele sempre em modo de extensão de tela, eu deixava no meu MacBook Pro as janelas principais nas quais estava trabalhando (tipo Chrome, Slack e Kiwi for Gmail), e jogava para o BenQ apps secundários como Telegram, WhatsApp, Terminal (por onde monitoro o servidor do MacMagazine) e uma janela para acompanhar as visitas em tempo real ao nosso site, pelo Google Analytics.

Usar softwares adaptados para uso com duas telas também é sensacional, e o melhor exemplo disso para mim foi o Final Cut Pro. Ao editar vídeos para o nosso canal do YouTube, conseguia posicionar, por exemplo, a timeline em um monitor e o visualizador do vídeo em outro. Esse espaço extra para trabalhar ajuda demais!

Mas uma das coisas que sempre me fazia dar um “sorrisinho” era ao assistir a qualquer vídeo. Obviamente, eu sempre jogava-os para a telona do BenQ e, quando estavam em resolução 4K, era uma coisa linda de se ver. Uma espécie de TV de alta definição na mesa do meu escritório… sensacional!

Infelizmente, não achamos o BenQ PD3220U para venda no Brasil. Na Europa, o preço sugerido dele é de 1.200€ e pode ser encontrado em diversas redes varejistas; nos Estados Unidos, ele está à venda na Amazon por US$1.200. Considerando que o Pro Display XDR custa US$5.000 por lá (e isso sem o Pro Stand), é uma pechincha.

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