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Apple confirma que está criando seu próprio modem para iPhones

Modem X55, da Qualcomm

Há muito tempo se fala que a Apple está investindo na criação de seus próprios modems para equipar iPhones, iPads e outros dispositivos. Indícios disso não faltam, como a compra da divisão de modems 5G da Intel. Mas até então, ninguém dentro da Apple havia confirmado isso com todas as letras. Até hoje.

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De acordo com a Bloomberg1Matéria fechada para assinantes., Johny Srouji (vice-presidente sênior de tecnologias de hardware da Apple) confirmou hoje em uma reunião com funcionários que a empresa começou a construir seu próprio modem para futuros dispositivos.

Com essa movimentação de agora, a Apple no futuro pretende terminar a parceria que hoje tem com a Qualcomm; a notícia, mesmo que esperada, fez as ações da Qualcomm caírem quase 5% pós-fechamento da NASDAQ.

Este ano, iniciamos o desenvolvimento do nosso primeiro modem celular interno, o que permitirá outra transição estratégica fundamental. Investimentos estratégicos de longo prazo como esses são uma parte crítica para viabilizar nossos produtos e garantir que tenhamos um rico pipeline de tecnologias inovadoras para o nosso futuro.

A Apple já deixou claro que pretende abraçar a tarefa de criar os componentes essenciais dos seus aparelhos — ela hoje já projeta, por exemplo, os processadores da família “A” (iPhones e iPads) e “M” (Macs), os chips “W” (do Apple Watch), “H” (dos AirPods) e o U1 (banda ultralarga). O modem celular, como sabemos, é uma das partes mais importantes, afinal é por ele que se torna possível realizar chamadas telefônicas e se conectar à internet via redes celulares.

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A aquisição dos negócios da Intel foi fundamental para a Maçã dar esse passo, algo que foi confirmado por Srouji na reunião — além, é claro, das inúmeras contratações que a empresa vem fazendo ao longo dos anos, inclusive “roubando” funcionários da própria Qualcomm.

O executivo não deu uma pista de quando a Apple passará a usar seus próprios modems, mas como o acordo entre a Apple e Qualcomm (firmado em 2019) tem duração de seis anos, podemos imaginar que essa transição poderá começar por volta de 2025.

Até lá, a Qualcomm poderá pensar em como resolver esse problema — afinal, o acordo com a Apple representa hoje cerca de 11% da sua receita.

Notas de rodapé

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    Matéria fechada para assinantes.

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