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Apple usa voos fretados e rotas insanas para evitar atrasos na pandemia, mostra reportagem

A equipe de logística da Maçã merece um aumento
iPhone em caixas

A essa altura, já é uma platitude afirmar que pandemia do novo Coronavírus (COVID-19) causou impactos profundos em basicamente todos os aspectos da vida humana. Nós já falamos de vários deles — basicamente todos os relacionados às operações da Apple, suas fornecedoras e seus usuários —, mas um ponto ainda não tinha sido profundamente explorado: a rota global de envio e distribuição de produtos da Maçã.

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Pois uma reportagem recente do The Information1Matéria fechada para assinantes. jogou luz justamente sobre esse assunto, destacando os esforços feitos pela Apple para evitar ao máximo a escassez de estoque (e o atraso de entregas) em determinadas partes do mundo, manter as rotas de distribuição em dia e amortecer possíveis danos maiores trazidos pela pandemia. Spoiler: tem sido complicado.

Segundo a matéria, a Maçã sempre se aproveitou abundantemente de espaço de carga em voos comerciais para distribuir seus produtos em todo o mundo, uma prática que, na visão da empresa, é mais segura e (muito) mais rápida do que enviar produtos por via marítima.

Com a COVID, entretanto, a aviação comercial basicamente parou por um ano inteiro; com isso, Cupertino precisou explorar outras opções — entre elas, o uso de voos fretados (charter): foram mais de 200 ao longo do ano, um recorde folgado da empresa. Para se ter uma ideia, em 2016, no lançamento do iPhone 7, a Apple fretou apenas três aviões para complementar a distribuição comum, no espaço de carga dos voos comerciais.

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O cenário complicado de 2020 também levou a empresa a traçar algumas rotas complicadas. Em um caso, por exemplo, um centro de distribuição da Apple em Singapura ficou sem caixas de papelão específicas para enviar um carregamento de iPads à China. A solução da Maçã foi enviar dezenas de pallets cheios de caixas de papelão, já em seus armazéns nos EUA, de volta à China (de onde eles tinham sido enviados originalmente); de lá, as caixas foram enviadas a Singapura, onde os iPads puderam ser empacotados e, enfim, enviados… à China.

Outro caso emblemático ocorreu alguns meses atrás, quando um carregamento de HomePods mini vindo do Vietnã não pôde chegar ao seu destino final (a Califórnia) por conta de uma alteração forçada na rota do navio cargueiro que os transportaria. A equipe de logística da Maçã, que precisava dos alto-falantes antes da sua data de lançamento, enviou vários caminhões à fábrica dos HomePods, próxima a Hanói, e contratou o transporte terrestre dos dispositivos até o porto de Xangai, na China (a uma distância de quase 2.300km) — de onde os produtos puderam, enfim, ser despachados em navios de entrega expressa.

O caso dos HomePods mini não é isolado, vale notar: segundo a reportagem, a Maçã continua realizando práticas parecidas — de transportar os dispositivos por terra por milhares de quilômetros até um porto que os despache aos países necessários — para garantir que os estoques do alto-falante (e dos AirPods, também) não sofra abalos.

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Vale notar que, como comentamos aqui, a Maçã já tomou outras medidas práticas para amenizar os efeitos da pandemia na sua rede de distribuição de produtos — a empresa transformou, por exemplo, algumas das suas lojas nos EUA e no Canadá em “mini-centros de distribuição”. Segundo o The Information, a Apple também está trabalhando para que empresas de entrega, como a FedEx, possam ter seus próprios estoques de produtos da Maçã, para entrega mais rápida aos consumidores.

Impressionante, não?

via MacRumors

Notas de rodapé

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    Matéria fechada para assinantes.

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