O CEO1Chief executive officer, ou diretor executivo. da Apple, Tim Cook, aproveitou sua mais recente viagem ao Japão para conversar com o primeiro-ministro do país asiático, Fumio Kishida, sobre as propostas que visam regulamentar o monopólio de plataformas como a App Store e o Google Play na região. Esse encontro, de acordo com uma reportagem do Nikkei, teria acontecido no último dia 15 de dezembro.
Segundo as informações, Cook pediu para que o premiê se certificasse de que as propostas apresentadas pelo governo japonês não irão afetar a privacidade e a segurança dos usuários da Maçã. Entre as mudanças estudadas pelas autoridades antitruste do país, está a liberação do chamado sideloading no iPhone — prática que o próprio executivo já classificou como “muito arriscada”.
O governo japonês começou a investigar a Apple no fim do ano passado e já está bem próximo de apresentar o seu relatório final sobre as regras da App Store, o qual poderá servir de gancho para outras medidas mais drásticas. A Apple, vale notar, é a principal fabricante de smartphones do Japão, tendo uma fatia de aproximadamente 70% do mercado local.
Esse pedido veio com uma resposta a outro desejo de Kishida, o qual pediu para que o executivo considerasse tornar o app Carteira (Wallet) compatível com os cartões My Number — uma espécie de identidade unificada japonesa. De acordo com o primeiro-ministro, essa seria uma forma de aumentar a adesão da população ao cartão, o qual ainda enfrenta certa resistência mesmo seis anos após o seu lançamento.
Cook, por sua vez, prometeu analisar essa possibilidade, mas citou preocupações quanto ao manuseio do número de identificação desses cartões. Essas identidades My Number reúnem coisas que vão desde informações bancárias até dados de saúde sobre os cidadãos japoneses.
O CEO da Maçã, por fim, destacou os mais de US$100 bilhões investidos pela Apple nos últimos cinco anos em cadeias fornecimento no Japão e prometeu que o país continuará sendo uma prioridade para a empresa.
via MacRumors
Notas de rodapé
- 1Chief executive officer, ou diretor executivo.