O melhor pedaço da Maçã.

Apple comprou mais de 100 empresas nos últimos 6 anos

Apesar disso, a Maçã ainda é mais conservadora que suas rivais nesse sentido
Montagem de Tim Cook segurando dinheiro

Ontem, trouxemos para cá os principais pontos discutidos na reunião de acionistas da Apple, notando as colocações de Tim Cook e sua equipe de executivos em uma série de assuntos importantes para a Maçã nos tempos atuais — entre eles, a pandemia do novo Coronavírus (COVID-19) e os projetos de lei antimonopólio se desenhando em várias localidades.

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Pois hoje, a BBC publicou uma análise aprofundada de um outro aspecto comentado na reunião: a informação, divulgada por Cook, de que a Apple adquiriu mais de 100 empresas nos últimos 6 anos. Isso significa que, em média, a Maçã abocanhou uma empresa a cada 3-4 semanas no período.

Obviamente, nem todas as aquisições têm a mesma magnitude: nos últimos anos, a compra mais ambiciosa da Maçã — de longe — foi a da fabricante de produtos de áudio Beats, por US$3 bilhões. A jogada parece ter sido positiva: além de inserir de vez a Apple no mundo da música, a chegada da Beats ao seu catálogo expandiu as portas da empresa com a indústria fonográfica, possibilitou o lançamento do Apple Music e ainda deu uma dose extra de know-how para a criação da família dos AirPods, um dos grandes acertos de Cupertino na década.

A segunda maior aquisição da empresa também foi na área da música: o Shazam, em 2018, por US$400 milhões. Aqui, também temos um exemplo de compra bem-sucedida: o serviço de reconhecimento de músicas já foi basicamente incorporado ao sistema da empresa, e deu uma funcionalidade importante à Siri.

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A maior parte das aquisições feitas pela Apple, entretanto, não é de empresas já estabelecidas e reconhecidas pelo público, e sim de startups pequenas e promissoras com tecnologias que poderão ajudar os planos (atuais ou futuros) da empresa. Alguns dos exemplos citados pela BBC são os da PrimeSense, empresa israelense de escaneamento 3D que ajudou a formar a tecnologia do Face ID, e o da Drive.ai, focada em serviços de transporte autoguiados — que certamente virão a calhar no projeto do “Apple Car”.

Se há uma categoria que se destaca entre as aquisições da Maçã, entretanto, é a de inteligência artificial: além da Drive.ai, citada acima, tivemos — só nos últimos dois anos — os exemplos da Vilynx, da Inductiv, da Voysis, da Xnor.ai, da Laserlike e da Lighthouse AI. E olha que estamos falando apenas dos exemplos que foram pública e amplamente divulgados.

Apesar da lista grande (e dos cofres basicamente ilimitados da Apple), vale notar que a Maçã é bem mais conservadora nas suas aquisições do que as principais rivais. Basta notar que, nos últimos anos, outras gigantes tecnológicas fizeram compras muito mais extravagantes do que todas as realizadas pela Apple: o Facebook comprou o WhatsApp por US$19 bilhões, a Amazon abocanhou a Whole Foods por US$13,7 bilhões e a Microsoft comprou o LinkedIn por US$26 bilhões, por exemplo.

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O fato é: até o momento, a estratégia de Cupertino parece estar dando certo. Vamos ver até quando.

via Gizmodo

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