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Scott Forstall recomendou jailbreak em iPhones para Pandora fazer seu app

O ex-menino-prodígio de Steve Jobs era, acima de tudo, um rebelde
Scott Forstall durante apresentação

Anotem o que eu vos digo: o primeiro repórter ou escritor tecnológico a colocar a mão na massa para fazer um livro sobre a trajetória de Scott Forstall na Apple terá uma mina de ouro nas mãos.

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O ex-menino-prodígio de Steve Jobs (e outrora apontado como possível sucessor) deixou Cupertino um ano após a morte do seu chefe e amigo — em um processo até hoje não muito claro, mas que parece ter envolvido o fracasso dos Mapas da Apple e disputas de poder com a outra “facção” dentro da empresa, liderada por Tim Cook e Jony Ive. Desde então, ele tem se mantido nas sombras a ponto da Apple simplesmente não conseguir encontrá-lo para dar um depoimento à justiça.

Pois hoje, uma reportagem da VICE chegou para colocar mais um tijolo na construção da imagem de Forstall como um estranho no ninho Cupertiniano. A matéria está longe de ser centrada no executivo (o assunto em foco é a história do serviço de streaming Pandora), mas ainda assim temos uma visão interessante das filosofias e das práticas de Forstall.

Segundo a reportagem, alguns dos principais executivos do Pandora foram almoçar com Forstall em Cupertino alguns meses após o lançamento do primeiro iPhone — quando, lembrem-se, a Apple ainda não tinha lançado a App Store e tampouco permitia que desenvolvedores construíssem aplicativos para o smartphone. O objetivo dos chefões do Pandora era explorar possibilidades para colocar o serviço no smartphone de forma nativa, sem recorrer a um web app.

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A sugestão de Forstall? Usar iPhones com jailbreak.

A lógica do executivo da Maçã era de que, muito em breve, a companhia decidiria abrir o iPhone para desenvolvedores e os executivos do Pandora poderiam se adiantar a esse movimento usando as ferramentas de jailbreak e os toolkits não-oficiais para construir seu app nesse ínterim. Com isso, o aplicativo já estaria pronto quando a Apple virasse a chave.

O resto é história: o Pandora seguiu o conselho e, quando a Apple finalmente abriu a App Store em julho de 2008, o app do serviço foi um dos primeiros a figurar na loja da Maçã. Nove meses depois, o aplicativo estava instalado em 21% dos iPhones ativos no mundo — um sucesso estrondoso, tudo porque Forstall, em mais um dos seus atos de rebeldia, recomendou uma prática que até hoje é fortemente condenada pela Apple (embora não seja ilegal em si, lembremo-nos).

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Curioso, não?

via MacRumors

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