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Steve Jobs salvou app de áudio para Mac de pressão da RIAA

Steve Jobs

Como sabemos, as tecnologias de computadores — e, sobretudo, da internet — mudaram a maneira por meio da qual várias coisas são feitas, inclusive a gravação e a disseminação de áudio. Hoje em dia, por exemplo, qualquer pessoa pode criar um programa de podcast ou até mesmo lançar álbuns musicais apenas com um computador ou até um mero smartphone.

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Há mais ou menos 20 anos, porém, essas transformações ainda estavam em gestação. Desse modo, os maiores afetados por essa liberdade ainda tentavam controlar os efeitos dessas inovações. E esse foi o caso da RIAA (Recording Industry Association of America), associação da indústria de gravadoras dos Estados Unidos em relação ao aplicativo Audio Hijack.

Audio Hijack

De acordo com Paul Kafasis, fundador da Rogue Amoeba (desenvolvedora do app), nos idos de 2003 eles identificaram uma compra do software vinda de alguém da RIAA. Conhecendo o histórico litigioso da organização — por trás do fim do site de música Napster —, além do potencial de edição de áudio do app, preocupações foram geradas no sentido de a RIAA tentar fazer lobby para matar o Audio Hijack.

No entanto, com o tempo, a Rogue Amoeba não enfrentou nenhum tipo de processo ou ação por parte da associação contra o app. Ele, ao contrário, cresceu nessas duas décadas, ganhando novas funções e sendo adotado por uma boa parte dos produtores de podcasts e usuários. Isso, porém, não quer dizer que a RIAA não tentou fazer alguma coisa.

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Em uma entrevista, o produtor Adam Curry (conhecido como “o pai dos podcasts”) contou sobre uma conversa que teve em 2005 com o cofundador da Apple, Steve Jobs. Na época, ele relatou usar o Audio Hijack para editar seus podcasts. Eddy Cue, vice-presidente sênior de serviços da empresa, então revelou que a RIAA havia pedido para o app ser desabilitado, justamente pela capacidade de gravar qualquer tipo de áudio.

Jobs, em mais uma demonstração do seu jeito bastante prático e direto de ver e resolver as coisas, perguntou se o app era necessário para criar os podcasts. Ante uma resposta positiva de Curry, Jobs simplesmente resolveu não atender a RIAA.

Se não fosse por isso, é possível que o Audio Hijack não tivesse sobrevivido e várias coisas fossem diferentes hoje em dia. É claro que não podemos creditar todas as evoluções que apps como o da Rogue Amoeba proporcionaram ao fato de Jobs não ter deixado o app ser retirado do Mac. Ainda assim, conforme disse o próprio Kafasis, é um pouco desesperador imaginar como o futuro do app — e dos seus criadores — dependeu de uma conversa da qual ele sequer participou.

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Que doido, hein?!

via AppleInsider

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