Enquanto não temos muitas oportunidades de ver Steve Jobs sendo entrevistado por veículos de comunicação em geral, é comum (porém de forma pouco frequente) vermos alguns executivos da Apple expondo suas opiniões sobre lançamentos de produtos e determinados pontos bem discretos sobre a situação da empresa. Ontem, quem teve a oportunidade de expor algumas impressões sobre o estado da Maçã (além de Phil Schiller) foi Pascal Cagni, que cuida dos negócios dela em toda Europa, Oriente Médio e África (EMEA).
Assim como Tim Cook, que cuida das operações globais de toda a Apple, Cagni é um executivo cobiçado por outras empresas — por muito tempo corroborou-se a possibilidade de ele ir para a ITV como CEO. Falando ao The Guardian, ele reforçou a ideia de que a Apple está bem longe da recessão econômica (responsável por prejudicar as vendas no início do ano), com a melhor linha de produtos de sua história e um crescimento de 35% ao ano na venda de portáteis.
Ao que tudo indica, é na Europa onde a Apple vem crescendo mais, atualmente: Cagni conta que o setor educacional está se beneficiando dos produtos da empresa duma forma nunca antes vista. Além disso, ele citou a existência de 120 pontos de venda especiais entre as nações europeias, incluindo Retail Stores oficiais, Premium Resellers e espaços especiais de venda de produtos da Maçã em outras lojas — algo semelhante aos Apple shops das lojas da Fnac. Uma estratégia dessas está contribuindo para que o Mac possua uma fatia de mercado de aproximadamente 20% em cada país.
Cagni não quis falar muita coisa nova sobre iPhones, mas defendeu bem o progresso das vendas de iPods, que estão crescendo na Europa enquanto caem na média global — apesar de ele ainda estar muito à frente dos concorrentes. “Não queremos uma queda. Acreditamos que não estão fazendo justiça ao [iPod] nano, no qual você pode pode obter 8GB de memória e uma câmera por 115 libras esterlinas”, disse ele.
Devido a isso, a Apple Europa está trabalhando para impedir uma queda nas vendas, especialmente com a chegada das festas de final de ano. Também foi perguntado ao executivo sobre a suposta chega dos Beatles à iTunes Store, mas ele disse que não tinha “nada a anunciar”.
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