Embora os rumores sobre o “Apple Car” datarem de anos atrás, foi só nos últimos meses que eles ganharam tração. Como cobrimos, a Apple estaria em busca de uma montadora de veículos para dar forma ao seu projeto, mas muitos deles foram por água abaixo ou não avançaram — segundo diversas especulações, é claro.
Dada a dificuldade para firmar um acordo com algumas das maiores montadoras do mundo — a exemplo da Hyundai/Kia, da Nissan, da Mercedes-Benz, entre outras —, o conhecido repórter da Bloomberg, Mark Gurman, disse hoje que a Apple poderá ter que seguir o seu típico esquema de fabricação de produtos (como iPhones) no caso do “Apple Car”.
A Apple tem uma abordagem testada e comprovada para o lançamento de novos produtos: a empresa os projeta internamente, obtém seus próprios componentes e trabalha com uma fabricante terceirizada para montá-los para venda.
Nesse cenário, a Apple desenvolveria o sistema, o design (interno e externo) e a tecnologia de bordo do veículo em Cupertino, deixando apenas a montagem final para uma parceira especializada apenas nisso — e não também em design ou venda, como as fabricantes citadas acima.
De acordo com especialistas do setor, é por isso que a Apple está mais propensa a escolher uma empresa como a Foxconn, que já tem um relacionamento com a Maçã. A Foxconn é a principal montadora de iPhones; ela lançou recentemente um chassi de veículo elétrico e uma plataforma para ajudar fabricantes de automóveis a lançar modelos no mercado com mais rapidez.
Como também já especulado anteriormente, a montadora Magna é outra grande candidata para o projeto. Segundo Gurman, a Apple estava conversando com a empresa sobre a produção de um veículos quando começou a se aprofundar na possibilidade de desenvolver um veículo elétrico — isso há cerca de cinco anos.
Por fim, Gurman também observou que uma lista de oportunidades divulgadas pela Apple sugere que a companhia pode estar de olho em criar sua própria linha de produção do “Apple Car”.
Entretanto, fábricas geralmente são negócios com margens de lucro muito baixas. A Tesla, por exemplo, perdeu bilhões de dólares administrando suas próprias fábricas e só recentemente começou a gerar lucro. No ano passado, a empresa registrou um saldo positivo de quase US$700 milhões — comparativamente, a Apple gerou mais de US$60 bilhões no mesmo período.