Dentre as tendências do mundo digital para 2021, ninguém esperaria que uma das principais seria a ascensão das redes sociais de áudio: o Clubhouse tomou os ouvidos dos internautas nos primeiros meses do ano e redes já existentes correram para lançar recursos semelhantes, como o Twitter e — possivelmente — o Instagram.
Uma característica que une todas essas redes e ferramentas, entretanto, é o imediatismo: você precisa estar disponível no momento das conversas que quer ouvir/participar, caso contrário, nada feito. Pois a Swell é uma nova plataforma que pretende surfar na onda de popularidade do áudio sem necessariamente lhe obrigar a mudar toda a sua agenda para isso.
A ideia, aqui, é realizar conversas mais longas e bem-pensadas, sem o elemento do ao vivo. Funciona assim: você pode iniciar uma conversa com um áudio de até cinco minutos, que pode ser acompanhado por imagem, um texto e/ou links para enriquecer a discussão. Os demais usuários, então, podem deixar suas próprias impressões sobre o tema, com áudios também de no máximo cinco minutos.
As conversas podem ser privadas, disponíveis somente apenas para o seu grupo de amigos, ou públicas — neste caso, as respostas serão estruturadas como uma thread de comentários, como algo que você veria no Reddit, para organizar os fluxos de discussão.
Os criadores da Swell, o casal Sudha Varadarajan e Arish Ali, afirmam que a ideia do seu funcionamento é elevar o nível das conversas: ao dar a cada usuário a oportunidade de responder a discussão ao seu tempo, é possível refletir melhor sobre as palavras e a abordagem a ser utilizada, evitando colocações impensadas e aqueles momentos de raiva momentânea pelos quais todos nós já passamos durante uma discussão acalorada.
A Swell já estava em fase de testes há algumas semanas e foi lançada hoje oficialmente para todos os usuários. Já é possível baixá-la na App Store, e o seu uso é totalmente gratuito e sem anúncios — seus criadores pretendem monetizá-la com a venda futura de recursos premium, mas isso ficará para um outro momento.
Quem vai dar uma olhada? Digo, uma escutada?
via TechCrunch