É triste observar o quanto a crise econômica mundial impactou o mundo tecnológico. Façamos as contas:
O Yahoo! foi o primeiro a anunciar demissões, ainda no final de outubro do ano passado. Do total da sua força de trabalho, 10% foram mandados embora ainda em 2008, o equivalente a cerca de 1.500 pessoas.
No último dia 15, foi a vez de o Google entrar na brincadeira — mas felizmente o baque não foi tão grande. Apesar de a velocidade de recrutamento de novos profissionais ter diminuído bastante por lá, apenas 100 foram efetivamente demitidos.
Uma semana mais tarde, a gigante de Redmond anunciou péssimos resultados financeiros e a dispensa imediata de 1.400 pessoas. Durante os próximos 18 meses, 5.000 empregados da Microsoft serão colocados para fora.
Também no meio de janeiro, a Circuit City anunciou que fecharia definitivamente as suas portas — o que significa mais 34.000 trabalhadores em busca de novas posições no mercado norte-americano.
Agora, o que ainda não havíamos comentado aqui:
- Em dezembro de 2008, a Sony anunciou a demissão imediata de 8.000 empregados (mais 8.000 serão dispensados até março de 2010). Quase simultaneamente, a AT&T também deu adeus a 12.000 dos seus colaboradores.
- Em 16 de janeiro, a AMD anunciou a dispensa de mais 1.100 pessoas. No mesmo dia, a Motorola, ainda bem mal das pernas, revelou o corte de 4.000 empregados.
- Hoje, de uma vez só, veio a bomba: menos 1.300 na Sun Microsystems (e mais deve vir por aí, podendo atingir até 6.000), fechamento de quatro fábricas e demissões de 6.000 na Intel, 3.000 na IBM e 7 no Digg (que pode parecer pouco numericamente, mas representa 10% da sua força de trabalho).
Sem citar diversos outros casos menores, o número de perdas de emprego já aproxima-se dos 200.000. Oh, God!
A Apple, felizmente, se safou da crise — ao menos por enquanto.