A popular empresa de aparelhos inteligentes eufy está no meio do olho de um furacão. Em um tópico aberto hoje no Reddit, diversos clientes relataram que — do nada — o aplicativo da empresa lhes concedeu acesso para câmeras de outras pessoas, em vez de mostrar as suas.
E não para por aí: além de assistir ao vivo o que estava sendo transmitido, era possível também reproduzir gravações feitas pelas câmeras de segurança. Um usuário da Nova Zelândia afirmou:
Eu verifiquei meu aplicativo hoje e percebi que nenhum dos vídeos era meu. Tenho três filhos pequenos, estou muito preocupado que outras pessoas também estejam olhando nossas câmeras.
Um dos redatores do 9to5Mac também passou pelo problema: “Era como se eu estivesse conectado como a [outra] pessoa.”
Tudo indica que o problema não afetou a todos, pois alguns usuários afirmaram não ter visto nada anormal nas suas câmeras. Ainda assim, por mais que grande parte dos reclamantes seja da Oceania (Austrália e Nova Zelândia), usuários de todo o mundo comunicaram a grave falha.
Ao que parece, ela não afetou as câmeras configuradas usando o HomeKit Secure Video (da Apple), que criptografa as imagens de vídeo e as armazena no iCloud em vez de servidores gerenciados por terceiros. Contudo, em razão da gravidade, é de se questionar se o protocolo realmente está sendo usado.
O 9to5Mac entrou em contato com a eufy para comentar o caso, mas não recebeu nenhuma resposta. A única saída, por enquanto, é esperar um posicionamento oficial da empresa e desativar todas as câmeras de segurança até que o problema seja resolvido.
Alguém enfrentando isso por aí? 👀
Atualização17/05/2021 às 15:00
A eufy finalmente se posicionou sobre a brecha de segurança. De acordo com a empresa, que chamou apenas de “bug”, ele já foi corrigido. A empresa também recomendou que todos os usuários desconectem e reconectem suas câmeras, além de fazer o login novamente no app.
Em um comunicado ao site Macerkopf, a companhia disse que uma atualização do servidor causou esse problema. Segundo a eufy, a falha afetou um “número limitado” de usuários (0,001%) na Argentina, na Austrália, no Brasil, em Cuba, nos Estados Unidos, no México e na Nova Zelândia.
Percebemos que, como empresa de segurança, não atuamos bem o suficiente. Lamentamos que não tenhamos funcionado e estamos trabalhando em novos protocolos e medidas de segurança para garantir que isso nunca aconteça novamente.
Pelo menos, foram rápidos.
