O fundador do Telegram, Pavel Durov, fez hoje algumas declarações em seu canal do Telegram criticando a Apple em diversos aspectos.
Além de dizer que o iPhone parece estar “preso na Idade Média”, o desenvolvedor comentou a matéria do The New York Times que diz respeito ao controle da Apple sobre usuários e sua relação com a China — a qual cobrimos em detalhes aqui.
Confira:
Durov fez uma crítica ao modelo de negócios da Maçã e a falta da tecnologia ProMotion nos iPhones.
A Apple é muito eficiente na busca de seu modelo de negócios, que se baseia na venda de hardware obsoleto e caro para clientes presos em seu ecossistema. Toda vez que preciso usar um iPhone para testar nosso aplicativo iOS, sinto que sou jogado de volta à Idade Média. As telas de 60Hz do iPhone não podem competir com as de 120Hz dos telefones Android modernos, que suportam animações muito mais suaves.
Durov disse, ainda, que a pior parte do ecossistema da Apple não são os “dispositivos mais pesados ou hardware desatualizado”, mas que usuários de iPhone são “escravos digitais da Apple”.
Falando sobre a App Store e as medidas de controle da Maçã em seu ecossistema fechado, Pavel disse:
Você só tem permissão para usar aplicativos que a Apple permite instalar através da App Store, e você só pode usar o iCloud da Apple para fazer backup nativamente dos seus dados.
A principal crítica, contudo, foi sobre a relação da Apple com a China:
Não é de se admirar que a abordagem totalitária da Apple seja tão apreciada pelo Partido Comunista da China, que — graças à Apple — agora tem controle total sobre os aplicativos e dados de todos os seus cidadãos que dependem de iPhones.
Vale notar que essa não é a primeira vez que o fundador do Telegram faz criticas à App Store — em julho passado, Pavel criticou a taxa de 30% da loja e a falta de privacidade de usuários.
De qualquer modo, a declaração dele é um confronto direto às práticas da Apple em relação à privacidade de usuários de iPhones, e corrobora a discussão sobre a vigilância e o armazenamento de dados pelo governo chinês, assim como as técnicas de monopólio da Maçã no caso contra a Epic Games.
via Android Central