Há alguns dias, a Apple anunciou futuras melhorias em seus sistemas operacionais voltadas para pessoas com deficiências. Uma das grandes novidades será a chegada do AssistiveTouch ao Apple Watch.
Com ele, usuários poderão utilizar o dispositivo sem tocar na tela ou nos botões laterais — permitindo, por exemplo, usar o relógio com apenas uma mão. Isso causou grande empolgação entre aqueles com deficiência motora, com muitos outros impressionados com o simples avanço tecnológico em si.
Em uma publicação no Above Avalon, o analista Neil Cybart explicou acreditar que essa seja apenas a ponta do iceberg, afirmando que a Maçã provavelmente usará a tecnologia para controlar o famigerado “Apple Glass”.
Segundo ele, a companhia estaria “respondendo” às fases iniciais das pesquisas apresentadas por companhias como Facebook, Google e Microsoft, que têm investido pesado em dispositivos do mesmo nicho. A rede social de Mark Zuckerberg inclusive apresentou, há dois meses, pesquisas iniciais de um dispositivo semelhante a um smartwatch para controlar óculos de realidade aumentada.
Em vez de mostrar os bastidores de um projeto de P&D, a Apple revelou uma tecnologia pronta para usuários hoje. A tecnologia, que conta com uma combinação de sensores e tecnologias para transformar o Apple Watch em um leitor de gestos das mãos/dedos, foi projetada para aqueles que precisam de acessibilidade adicional.
Em uma parte de sua publicação, Cybart argumentou que a Apple tem uma vantagem tecnológica de quatro a cinco anos no setor de vestíveis e está mais uma década à frente, quando olhamos as evoluções a longo prazo.
Quando a Apple revelou o iPhone, em janeiro de 2007, Steve Jobs disse a famosa frase que o iPhone estava “literalmente cinco anos à frente de qualquer outro telefone celular”. Ele acertou em grande parte. A competição levou vários anos, e muitas cópias, para acompanhar o que a Apple acabara de revelar. Com os vestíveis, minha suspeita é que a Apple lidera mais de cinco anos.
De fato, a ideia de usar gestos para controlar um dispositivo como o “Apple Glass” não parece nada mau — afinal, não existem muitas opções (além dessa e de um possível controle por voz) para interagir com um aparelho de realidade aumentada que esteja posicionado no seu rosto.
Você pode ler toda a argumentação de Cybart nessa página. Alguém concorda com ele?
via 9to5Mac