Muitos de vocês devem ter acompanhado o caso do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), preso em fevereiro passado após declarar apoio ao Ato Institucional 5, o AI-5, e a destituição dos ministros Supremo Tribunal Federal (STF).
A prisão do deputado foi decretada no dia 16 de fevereiro pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. No dia 15 de março, Silveira seguiu para a prisão domiciliar e, dois dias depois, a Polícia Federal pediu à Apple a quebra do sigilo e a extração integral do conteúdo dos iPhones do parlamentar.
Segundo a PF, no entanto, foram extraídos apenas 2MB de conteúdos de um dos iPhones do deputado — o órgão, entretanto, havia apontado que há quase 1,8GB na conta de Silveira no iCloud.
Por conta disso, o delegado Leonardo Reis Guimarães, da PF, pediu ao STF que o prazo da investigação seja prorrogado por mais 60 dias, apontando que ainda não teve-se acesso integral ao conteúdo dos aparelhos de Silveira.
A PF também solicitou ao Facebook os dados do WhatsApp do parlamentar, mas disse ter recebido somente fotos dos perfis de contatos de Silveira, as quais não possuíam “interesse para a investigação”.
Como informamos no começo do mês passado, as solicitações do governo brasileiro à Apple praticamente dobraram em um ano, incluindo pedidos sobre dados de dispositivos e contas hospedadas pela Maçã — como a conta iCloud do parlamentar.
Vale notar, no entanto, que a Apple somente fornece dados aos quais ela tem acesso — a companhia não desbloqueia iPhones a pedido de órgãos policiais nem de governos.
via Metrópoles