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MacBook Air/Pro, Mac mini, iMac, iPad Pro… o que comprar com R$12 mil?

Família de gadgets da Apple

Vira e mexe, leitores nos perguntam qual a diferença do MacBook Air para o MacBook Pro, bem como se vale mais a pena comprar um MacBook ou um iPad.

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Bom, essa avaliação certamente é ao mesmo tempo muito pessoal e complexa, mas nós resolvemos fazer uma rápida “brincadeira” em cima da ideia de gastar, hoje em dia, R$12.000 num Mac ou iPad. O que você obteria, com esse (grande) investimento?

A ideia deste artigo não é entrar nos mínimos detalhes comparativos entre os produtos, mas sim dar um panorama geral das diferenças mais significativas entre eles. Afinal, são os mesmos doze mil reais que sairiam da sua conta bancária.

E não vamos levar esse número exato ao pé da letra, é claro. A primeira opção listada a seguir, por exemplo, é o MacBook Air mais parrudo (que ainda nem está à venda no Brasil), o qual custa R$13.299,00 em até 12x ou R$11.969,10 se pago à vista. Ou seja, vamos considerar produtos nesse patamar aí de uns R$12.000 à vista, com uma certa variação para mais ou menos.

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Pois bem, vamos às opções:

MacBook Air topo-de-linha

A R$11.970, esse será o modelo-base do nosso comparativo. É o modelo topo-de-linha padrão do MacBook Air, embora possa ser ainda personalizado e tornado (bem) mais caro.

Novo MacBook Air rodando o FaceTime

Temos aqui um Mac recém-atualizado, bastante capaz para uso geral. Trata-se de um laptop, claro, com uma tela Retina (com tecnologia True Tone) de 13 polegadas, com processador Intel Core i5 (10ª geração) quad-core de 1,1GHz (Turbo Boost até 3,5GHz), 8GB de RAM do tipo LPDDR4X a 3.733MHz, 512GB de SSD, gráficos Intel Iris Plus, Magic Keyboard com Touch ID, trackpad Force Touch, duas portas Thunderbolt 3, saída de 3,5mm para fones de ouvido, Wi-Fi 802.11ac, Bluetooth 5.0, chip de segurança T2, alto-falantes e microfones decentes, porém uma webcam 720p bem ruinzinha.

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Ele roda, é claro, o macOS — um sistema operacional bastante maduro e capaz, com uma infinidade de softwares dos mais básicos aos avançados, porém com pouca variedade de jogos (embora você possa instalar o Windows — ou até o Linux — nele se quiser, também, e aí ampliar ainda mais o seu acervo tanto de aplicativos quanto de games).

A máquina tem uma espessura que varia de 0,41cm a 1,61cm, e pesa apenas 1,29kg. Ela é feita 100% de alumínio reciclado e vendida em três cores: cinza espacial, prateada ou dourada.

MacBook Pro de 13″ de entrada

Gastando um pouquinho mais, a R$12.510, chegamos a um modelo de Mac que está um pouco defasado e logo de cara eu já não recomendaria a ninguém por não dispor, ainda, do Magic Keyboard. Ou seja, ele ainda é equipado com o problemático teclado “borboleta” e, portanto, faz parte do recall da Apple.

MacBook Pro de 13 polegadas rodando o macOS Catalina

O processador dele é inferior ao do Air, um Intel Core i5 (8ª geração) quad-core de 1,4GHz (Turbo Boost até 3,9GHz), são também 8GB de RAM porém do tipo LPDDR3 a 2.133MHz, apenas 128GB de SSD (vergonha!), Intel Iris Plus Graphics 645 e, além do Touch ID em si, temos a polêmica Touch Bar acima do teclado.

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Embora as telas de ambos sejam Retina e do mesmo tamanho, a do Pro vai a 500 nits de brilho (contra 400 nits do Air) e ela suporta ampla gama de cores P3 — ou seja, é mais indicada para quem trabalha com gráficos, edição de vídeo e afins.

O MacBook Pro é mais grosso (1,49cm) e pesado (1,37kg) que o Air, e está disponível apenas nas cores cinza espacial ou prateada. A Apple também promete uma média de 10h para a autonomia da sua bateria, 1h a menos que a do Air.

É, como falamos, um modelo defasado e que tem tudo para ser atualizado pela Apple nos próximos 1-2 meses. Meio injusto colocá-lo neste nosso comparativo, mas é o que temos para hoje. Culpa da própria Apple deixar um Mac tão destoante em sua linha, assim.

Mac mini topo-de-linha personalizado

Saindo dos Macs portáteis e indo para os de mesa, temos o Mac mini topo-de-linha personalizado.

Mac mini

Por que personalizado? Bem, o modelo topo-de-linha padrão custa R$9.810 à vista, então para levarmos ele ao patamar do nosso comparativo, podemos escolher uma das três opções de personalização da Apple que adicionam exatos R$2.000 ao valor da máquina: um processador melhor, o dobro de RAM ou o dobro de SSD — você escolhe o que for mais importante para você.

Ou então podemos considerar aqui que o Mac mini é apenas a “CPU” (tudo o que há dentro de um computador), e você ainda precisa ter um monitor, um teclado e um mouse. Ou seja, esses ~R$2.000 podem ser gastos justamente nos periféricos.

Sendo assim, as configurações básicas sem personalização são de um processador Intel Core i5 (8ª geração) hexa-core de 3GHz (Turbo Boost até 4,1GHz) — ou seja, o mais potente até aqui —, 8GB de RAM do tipo DDR4 a 2.666MHz (também a mais rápida até aqui), 512GB de SSD e Intel UHD Graphics 630.

Atrás do Mac mini, temos quatro(!) portas Thunderbolt 3 (USB-C), uma 10-Gigabit Ethernet, uma HDMI 2.0, duas USB 3 e uma saída de 3,5mm para fones de ouvido. Ou seja, em termos de conectividade ele dá um banho nos laptops acima, porém estamos falando de um Mac de mesa (embora bem leve: 1,3kg) que, obviamente, não tem uma bateria interna. Ele até tem um alto-falante, mas é bem ruinzinho, e nada de microfone.

Você pode comprar o Mac mini na cor que quiser, contanto que seja cinza espacial.

iMac de 21,5″ com tela Retina 4K

A Apple ainda vende um iMac de entrada antigo, sem tela Retina 4K, mas o que vamos usar aqui no comparativo é o modelo de entrada da geração atual — que sai por R$12.420 à vista.

iMac de 21,5"

Aqui ainda estamos falando de um Mac desktop, mas pelo menos trata-se de um “tudo-em-um”. Então ele é equipado com a “CPU”, uma bela tela (de 21,5 polegadas com resolução 4K, 500 nits de brilho e suporte à ampla gama de cores P3) e vem com teclado + mouse ou trackpad. Ele não é nem um pouco portátil, porém: são nada mais nada menos que 5,6kg.

O processador desse modelo é inferior ao do Mac mini, um Intel Core i3 (8ª geração) quad-core de 3,6GHz, são também 8GB de RAM e também do tipo DDR4, porém a 2.400MHz (um pouco mais lenta), temos um disco rígido convencional (sim, mais lento, e ainda de vergonhosos 5.400RPM) de 1TB, placa gráfica AMD Radeon Pro 555X com 2GB de memória GDDR5, duas portas Thunderbolt 3 (USB-C), quatro USB 3, uma Gigabit Ethernet e saída de 3,5mm na traseira, um slot para cartões de memória SDXC (isso é raridade em um Mac, hoje em dia), bons alto-falantes inferiores e microfone. Mesmo sendo bem mais espesso que qualquer laptop, o iMac ainda é equipado com uma webcam ruinzinha com resolução HD.

Ou seja, é uma solução bem completa, porém pode deixar bastante a desejar no quesito performance. Além disso, o design do Mac já está um pouco defasado — especialmente quando olhamos para ele de frente e comparamos as molduras da sua tela com as do Pro Display XDR.

Não que isso influencie muito o uso de um iMac, mas essa geração ainda é equipada com Bluetooth 4.2. E, ah, não há opções de cores; apenas prateada.

iPad Pro

Aqui, pulamos para um dispositivo completamente diferente de todos os que comentamos acima. E, assim como o MacBook Air, ele foi atualizado muito recentemente — portanto ainda não está à venda no Brasil.

iPad Pro de 2020

Além disso, nesse caso nós temos algumas opções diferentes de modelos para ficarmos ali na casa de mais ou menos R$12.000 à vista:

  • 11 polegadas, 512GB, Wi-Fi + Cellular
  • 11 polegadas, 1TB, Wi-Fi
  • 12,9 polegadas, 256GB, Wi-Fi + Cellular
  • 12,9 polegadas, 512GB, Wi-Fi

Ou seja, o consumidor precisaria escolher entre tamanho de tela, armazenamento interno e se necessitaria ou não de conectividade celular (3G/4G) embutida. Este último ponto, aliás, já é um grande diferencial do iPad Pro em relação a qualquer Mac.

Obviamente, é muito mais ponderado comparar o iPad Pro a um Mac laptop, seja o MacBook Air ou o Pro — afinal, estamos falando de um dispositivo portátil. Beeem portátil, diga-se: são 5,9mm de espessura, pesando 471-473g pelo modelo de 11″ ou 641-643g pelo de 12,9″ — a variação de 2g é nas versões com conectividade celular.

As telas dos iPads Pro são sensacionais, com resolução Retina, tecnologias True Tone e ProMotion (até 120Hz), suporte a ampla tonalidade de cores (P3) e até 600 nits de brilho.

E claro, estamos falando aqui de uma tela multi-touch — algo que a Apple reluta a implementar em qualquer Mac. Ou seja, a interação pode ser feita 100% com seus dedos. Não são necessários mouse/trackpad nem teclado externos, embora sejam sim recomendáveis para uma maior produtividade; o teclado virtual por si só ocupa cerca de metade da tela, e isso sem falar que não é nada agradável digitar por horas batendo os dedos numa superfície de vidro. Não podemos esquecer do suporte ao Apple Pencil — um baita diferencial para quem trabalha com design, por exemplo.

É muito difícil comparar o poder dos processadores Intel com os chips ARM próprios da Apple, como o A12Z Bionic dos últimos iPads Pro, mas benchmarks de CPU mostram o Core i5 do Mac mini fica mais ou menos no mesmo patamar: são 1.017 pontos para single-core e 4.766 para multi-core no Mac mini, contra respetivamente 1.114 e 4.654 pontos no iPad Pro. Na parte gráfica, aí já são outros quinhentos — sem falar que o iPad é também equipado com um coprocessador de movimentos e um Neural Engine todo focado em inteligência artificial/aprendizado de máquina.

O principal aqui, claro, é considerar as diferenças entre os sistemas operacionais. O iPadOS hoje em dia já está bem mais completo e redondo, mas ainda deixa a desejar para o macOS em alguns aspectos de produtividade/multitarefa, bem como na diversidade de softwares disponíveis. Não existem até hoje, por exemplo, versões para iPad do Xcode (ambiente de desenvolvimento de softwares da Apple) e nem do Final Cut Pro (editor profissional de vídeos da Apple). Estes dois, por si só, já são motivos suficientes para muitos nem sequer cogitarem migrar para um iPad Pro como dispositivo principal — incluindo este que vos escreve.

De resto, o iPad Pro é o mais completo que se pode esperar de um computador portátil. Ele tem quatro alto-falantes estéreo bem potentes, cinco microfones com “qualidade de estúdio”, duas câmeras traseiras + um scanner LiDAR, uma câmera frontal dentro do sistema TrueDepth (ou seja, com Face ID), vários sensores (acelerômetro, giroscópio, barômetro, bússola…) e uma porta USB-C na sua parte inferior. Além disso, o Wi-Fi dele já é versão 6 (aka 802.11ax), algo que a Apple ainda não colocou em nenhum Mac.

A bateria do iPad Pro também é sensacional, prometendo 10h de autonomia que é dita como bem mais precisa que a prometida pela Apple para seus laptops. E, ah, ele está disponível nas cores cinza espacial ou prateada.


Pois bem… complicado, né? 😬

Minha intenção aqui não é escolher uma das opções acima como a melhor e mais adequada, pois cada um sabe das suas próprias necessidades e dos seus próprios gostos.

Se você, por exemplo, conhece bem o iPadOS e não é afetado pelas atuais limitações dele, o iPad Pro pode ser uma excelente escolha para você. Da mesma maneira, se não precisa de portabilidade, pode optar por ter uma telona bacana como a do iMac; ou, se já tem um monitor, preferir uma máquina melhor como o Mac mini.

O importante aqui é entender bem as diferenças entre eles para você saber o que receberá ao investir seu suado dinheiro. Como expliquei acima, o MacBook Pro de 13″ está bem defasado e eu não recomendaria para ninguém atualmente; a comparação aqui certamente ficará mais adequada quando ele for atualizado, possivelmente com uma tela de 14″. Eu também tenho certas ressalvas ao iMac, outro que já merece um bom upgrade por parte da Apple.

Importante: eu baseei todo esse comparativo nos valores oficiais da Apple Brasil, mas não acho que *nenhum* deles vale o quanto custa hoje em nosso país. Se você puder comprá-los no exterior, mesmo declarando o valor excedente à sua cota de US$500 e pagando o devido imposto, ainda gastará bem menos.

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