Na semana passada, nós comentamos que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (United States Department of Justice, ou DoJ) começou uma investigação em razão de um grande vazamento de dados que ocorreu durante a administração do ex-presidente Donald Trump.
Diante dos vazamentos, soubemos que, em 2018, o DoJ solicitou à Apple que fornecesse dados de pelo menos dois democratas do Comitê de Inteligência da Câmara e de suas famílias — o que obviamente levantou novas preocupações sobre privacidade.
Pois a Maçã anunciou alterações quanto à obtenção de dados por parte do governo. Para isso, a Reuters afirma que a empresa recentemente limitou os pedidos de 25 identificadores (como endereços de email ou números de telefone) por solicitação legal.
E, segundo a companhia, os pedidos eram extensos. A Apple disse que uma intimação datada de fevereiro de 2018 exigia 109 identificadores, sendo 73 deles números de telefone e os demais, endereços de email. A Maçã ressaltou que nunca forneceu emails ou fotos, nem mostrava os horários ou destinatários das mensagens. A Apple ainda acrescentou que não conseguiu determinar a natureza da investigação a partir do pedido.
Ainda assim, não está claro como o governo dos EUA responderá a um limite máximo de identificadores por intimação. No entanto, o vazamento de dados pode fazer com que outras empresas de tecnologia ajam em prol de mais transparência nas solicitações do governo.
O atual Departamento de Justiça prometeu investigar as intimações e outros pedidos para determinar se a administração de Trump abusou de seus poderes.