De acordo com o NYTimes.com, investigadores do congresso americano estão terminando um inquérito sobre as práticas contábeis da Apple e de outras empresas de tecnologia (Google, Hewlett-Packard, Microsoft, etc.) que alocam receita e propriedades intelectuais no exterior para reduzir os impostos que pagam nos Estados Unidos. Após o término, eles entregarão recomendações sobre como lidar com questões fiscais.
Apesar de a grande maioria das lojas, dos executivos/empregados e dos centros de pesquisa estarem nos Estados Unidos, praticamente três quartos da fortuna da Apple (mais de US$120 bilhões) estão espalhados pelo mundo. Aparentemente tudo está dentro da legalidade mas alguns políticos americanos não estão nada felizes com a quantidade de dinheiro que o país deixa de arrecadar com esse tipo de estratégia, acusando as companhias de violar o espírito das leis fiscais. Mesmo sendo a mais visada, a Maçã está cooperando bastante com o governo de acordo com a publicação.
Através de um comunicado, a Apple informou que pagou a enorme quantia de US$6 bilhões em impostos nos EUA em 2012, o que representa US$1 em cada US$40 coletado pelo governo americano no setor corporativo.
A Apple está no foco disso tudo por dois motivos: 1. a quantidade de dinheiro que a empresa vem acumulando ao longo dos anos; 2. ela foi uma das primeiras a utilizar essas técnicas (conhecidas como “Double Irish With a Dutch Sandwich” — os lucros são encaminhados para as subsidiárias irlandesas e holandesas antes chegar ao Caribe) com a finalidade de economizar no pagamento de impostos, abrindo caminho para outras seguirem o mesmo modelo.
[via CNET News]