Há aproximadamente um mês, a Apple começou a adotar uma postura mais agressiva contra leakers chineses responsáveis por vazar informações sobre os planos internos da companhia — inclusive intimidando alguns deles com advogados e tudo.
Mais recentemente, a companhia enviou uma carta a um leaker (cuja identidade não foi revelada) envolvido em um esquema de venda de protótipos de iPhones nas redes sociais. A carta, obtida pela VICE, exige que o leaker pare de anunciar e vender dispositivos que vazem.
A Apple também exigiu uma lista das fontes do leaker e pede a cooperação dele nesse processo — caso contrário, a companhia poderá denunciá-lo à polícia.
Você divulgou sem autorização uma grande quantidade de informações relacionadas a produtos não lançados e rumores da Apple, o que constituiu uma violação deliberada dos segredos comerciais da empresa.
Após investigações, a Apple obteve evidências relevantes sobre a divulgação não autorizada de produtos não lançados e rumores. Sua infração intencional se manifesta especificamente como: publicação de informações não publicadas sobre os novos produtos da Apple por meio de plataformas de mídia social, incluindo, mas não se limitando, ao design e desempenho desses novos produtos.
Segundo as informações, o leaker também precisou a assinar um documento concordando em atender às solicitações em até 14 dias após o recebimento da carta.
Em 2019, a VICE havia revelado que existe um mercado alimentado por funcionários chineses — da Apple e/ou da Foxconn — que roubam dispositivos das fábricas, comercializando-os (por uma boa bagatela) para colecionadores.
Embora a Apple não tenha usado câmeras para expor possíveis leakers na sua equipe, certamente a companhia aprendeu a jogar uma ou outra informação falsa para tentar evitar possíveis vazamentos.