Segundo informações da Bloomberg, a Ford contratou Doug Field, um grande nome da equipe de desenvolvimento do “Apple Car”, suposto carro autônomo da empresa. O executivo havia se juntado à Maçã em 2018, vindo da Tesla, e atuou como vice-presidente na equipe de projetos especiais.
Desde que engatou em sua carreira, Field saltou de empresa em empresa e, há três anos, comandava o “Projeto Titan” (do “Apple Car”) ao lado de Bob Mansfield e John Giannandrea, que assumiu a liderança no final do ano passado.
Antes de trabalhar na Tesla — empresa na qual supervisionou a produção do Model 3 —, Field já havia sido vice-presidente de engenharia de hardware do Mac, portanto, esta é a segunda vez que ele deixa a Apple.
A contratação pela Ford, claro, foi encarada como uma grande perda para a Maçã, haja vista que a montadora tem feito grandes avanços sob a direção de Jim Farley, que tenta cada vez mais convencer investidores de que a companhia pode competir com outras empresas em veículos elétricos.
Em um comunicado, Farley disse:
Doug é um dos líderes mundiais em engenharia e design de produto mais respeitados, e tem sido uma força motriz por trás de produtos inovadores em automóveis, tecnologia e mobilidade, incluindo Apple, Tesla e Segway.
A Maçã, por sua vez, afirmou: “Estamos gratos pelas contribuições que Doug fez à Apple e desejamos a ele tudo de bom neste próximo capítulo.”
Field, vale lembrar, também já havia passado pela Ford no início da sua vida profissional — à época, atuou como engenheiro de desenvolvimento; agora, ele será executivo-chefe de tecnologia avançada e sistemas embarcados, onde trabalhará em inteligência artificial (IA), software e hardware. O executivo também teve passagens pela Johnson & Johnson, pela DEKA e pela Segway.
Quanto ao “Apple Car”, a Bloomberg já havia indicado em janeiro passado que há muitas incógnitas e que um produto poderá ser lançado “em cinco a sete anos se a Apple seguir em frente com seus planos”. A matéria do início deste ano afirmou que o projeto está “longe do estágio de produção”, e que “os prazos poderão mudar” — isto é, se ele se concretizar de fato.