Um novo relatório da Common Sense Media colocou em foco uma discussão não muito abordada sobre as políticas de privacidade das gigantes do streaming, como a Netflix, o Amazon Prime Video e muitas outras.
De acordo com o relatório [PDF], muitas dessas companhias vendem dados dos seus usuários a outras empresas a fim de fornecer anúncios baseados em seus gostos, criar perfis publicitários e compartilhá-los com outros serviços.
Nossas avaliações de privacidade dos 10 principais aplicativos de streaming indicam que todos eles (exceto o Apple TV+) têm práticas que colocam a privacidade dos consumidores em risco considerável, incluindo a venda de dados, envio de comunicações de marketing de terceiros, exibição de anúncios direcionados, rastreamento de usuários em outros sites e serviços, e criação de perfis de publicidade para corretores de dados.
De fato, o Apple TV+ é o único serviço de streaming de vídeos que não realiza tais práticas, as quais muitas vezes não são nem explicitadas a usuários antes de eles acessarem o serviço.
As configurações do Roku Streaming Stick+, por exemplo, não exibem um aviso claro sobre as políticas de privacidade do serviço antes que o usuário termine de configurá-lo. Não somente isso, mas a opção de “Limitar o rastreamento de anúncios” é apenas opt-out e deveras enganosa a respeito de seus efeitos.
Cada empresa tem uma ou outra prática que prejudica ou coloca em risco a segurança e a privacidade dos seus usuários. A tabela abaixo demonstra cada uma delas:
No geral, o Apple TV+ tem a melhor posição dentre os serviços, algo que não espanta visto os esforços da Apple em prol de privacidade — ainda que, nos últimos meses, isso tenha se tornado uma grande polêmica por conta da iniciativa contra abuso infantil da empresa.
A Netflix, por outro lado, ficou na última posição.
via Techdirt