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Apple demite funcionária que falou sobre abusos no trabalho

Ashley Gjøvik

A Apple demitiu, nesta semana, sua gerente sênior de engenharia Ashley Gjøvik por supostamente “vazar informações privadas da empresa”. Para quem não se recorda, foi ela quem veio a público falar sobre as situações de assédio e outras queixas no local de trabalho — tendo sido, inclusive, suspensa (colocada em licença) por isso.

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Um membro da equipe do RH da Apple entrou em contato com Gjøvik por email dizendo que a empresa estava “investigando um assunto delicado de propriedade intelectual” e que gostaria de falar com ela.

Logo em seguida, ela recebeu outra resposta informando que, como ela optou por não participar da conversa, a Apple daria continuidade ao caso “com as informações que tinha em mãos” e tomaria as medidas necessárias — inicialmente, encerrando o acesso de Gjøvik aos sistemas da empresa.

No auge das acusações, Gjøvik informou que a Maçã nunca ofereceu uma solução adequada para suas queixas.

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Quando comecei a levantar questões de segurança no local de trabalho em março e quase imediatamente enfrentei retaliação e intimidação, comecei a me preparar para que algo exatamente como isso acontecesse. Estou desapontada que uma empresa que eu amo desde que eu era uma menina trataria seus funcionários dessa maneira.

Posteriormente, Gjøvik recebeu outro email informando que ela havia sido despedida. Ela, então, publicou o seguinte tweet, mostrando a prova da conversa que teve com a equipe do RH.

Alguma aposta se a porta na #Apple for literalmente fechada na minha cara hoje?

Gjøvik também mencionou como ela se sentia desconfortável com as políticas de privacidade da Apple, que incluíam permitir que a empresa acessasse as informações pessoais dos funcionários armazenadas em seus dispositivos e IDs Apple. Enquanto isso, o NLRB (National Labor Relations Board), uma uma agência federal independente que protege direitos dos funcionários do setor privado, está investigando a Apple após as reclamações de Gjøvik.

O porta-voz da companhia, Josh Rosenstock, comentou a situação sem citar diretamente o caso de Gjøvik:

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Estamos e sempre estivemos profundamente comprometidos em criar e manter um local de trabalho positivo e inclusivo. Levamos todas as preocupações a sério e investigamos exaustivamente sempre que uma questão é levantada e, em respeito à privacidade de quaisquer indivíduos envolvidos, não discutimos assuntos específicos dos funcionários.

Gjøvik deverá apresentar uma declaração ao NLRB hoje.

via The Verge

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