Uma extensa reportagem do The Information hoje revelou os bastidores do Apple TV+, serviço de streaming de vídeos da Maçã, e do ecossistema à sua volta.
A publicação traz novos detalhes sobre os planos abandonados de um dongle “mais em conta” que a Apple TV (similar ao Google Chromecast) e aponta que a empresa busca aumentar a produção de conteúdos originais em 2022, gastando US$500 milhões em marketing para o serviço apenas neste ano.
Número de assinantes
Ainda que não divulgue o número de assinantes, segundo a matéria, uma “pessoa que conhece os números” afirmou, com base em uma estimativa de um analista, que o serviço da Maçã possui cerca de 40 milhões de assinantes — sendo quase metade desses pagantes, enquanto a outra metade usufrui da avaliação gratuita.
Para atrair ainda mais usuários, a Apple planeja dobrar em 2022 a quantidade de conteúdos que seu serviço possui atualmente, lançando pelo menos um novo filme ou série por semana.
Investimento em marketing
Sobre o investimento em marketing, um ponto levantado pelo texto diz que a empresa se recusa a fazer ações publicitárias no Facebook e no Instagram — certamente devido à relação de “gato e rato” que as gigantes têm. Além disso, acredita-se que parte desse orçamento de meio bilhão de dólares será investido em um botão dedicado ao serviço em controles remotos de outras fabricantes, tal como possui no Roku Voice Remote Pro.
Nada de dongle…
A publicação traz à tona, ainda, detalhes sobre um suposto dongle de baixo custo da Apple TV. Ao que parece, apenas Tim Twerdahl apoiava esse produto. O executivo acreditava que um dispositivo como esse “tornaria muito mais acessível para as pessoas acessarem o serviço de streaming de vídeo da Apple”.
No entanto, Greg Joswiak (atual chefão de marketing) e Phil Schiller (ex-chefão de marketing) teriam desistido desse plano. A publicação alega que “eles não queriam que a Apple entrasse no negócio de fabricar dispositivos baratos e de baixa margem”, temendo que isso manchasse a reputação da empresa de construir produtos premium.
No fim da contas, como sabemos, a Maçã decidiu que seria mais viável desenvolver um aplicativo para o Apple TV+ que funcionasse em produtos de concorrentes, mesmo que fossem relativamente baratos (como o Roku e o Fire TV), e enterrou de vez o dongle.
Twerdahl — que já passou pela Amazon, pelo Roku e pela Netflix — começou a trabalhar na Apple em 2017 para chefiar o marketing de produtos de casa e áudio. Após o lançamento da nova Apple TV 4K, no início deste ano, ele concedeu várias entrevistas à imprensa, mas a reportagem de hoje afirma que ele deixou a Maçã “nos últimos meses”.
Acordo com a NFL e compra de estúdio
Por fim, a publicação menciona os rumores de que a Apple teria interesse em adquirir um estúdio ou fechar um acordo com a NFL (National Football League). Segundo fontes familiarizadas com as discussões, a companhia “nunca foi uma concorrente séria”, embora de fato tenha estudado esses planos.
Ainda que a Maçã tenha discutido uma aquisição com a MGM, “ela nunca fez uma oferta específica por ela”; em discussões com a NFL, a oferta pelos direitos do pacote Sunday Ticket foi de cerca de US$900 milhões/ano — menos do que o acordo de US$1,5 bilhão/ano que a DirecTV havia feito anos antes.
via 9to5Mac