Ao que parece, todos os esforços da Apple para neutralizar a emissão de carbono até 2030 podem estar em perigo por causa de uma das suas principais parceiras, a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC).
De acordo com o The Guardian, a companhia até pretende seguir os passos da Maçã, mas possui uma meta bem menos ambiciosa, mesmo com relatos do seu enorme impacto ambiental — seu intuito é zerar o carbono até 2050.
Mesmo assim, não será nada fácil realizar tudo o que ela tem se comprometido a fazer. Segundo dados do Greenpeace, a empresa usa quase 5% da eletricidade gerada em Taiwan e esse número poderá subir para 7,2% até o próximo ano.
Além disso, o uso de água pela companhia também é significativo. Somente em 2019, ela consumiu cerca de 63 milhões de toneladas e, dado o cenário caótico de Taiwan, que enfrenta sua pior seca em 50 anos, o panorama poderá se agravar ainda mais.
Os planos da TSMC para cortar as emissões de carbono começaram no ano passado, após um acordo com a Ørsted, uma empresa de energia dinamarquesa que está construindo um parque eólico de 920 megawatts no Estreito de Taiwan. Sob um contrato de 20 anos, a fabricante garantirá que toda a energia usada seja limpa.
Algumas mudanças também poderão ser feitas na própria produção de chips, incluindo tornar mais eficiente a regulação da temperatura e pressão do ar e da água — isso é essencial para uma fundição dos chips, que depende de um ambiente ideal para a produção.
Embora possa alcançar a meta “alguns” anos atrasada, a TSMC é vista como uma empresa à frente de grande parte da concorrência e, com sorte, a alta nos preços dos chips poderá contribuir para que mais iniciativas ambientais sejam financiadas por ela… ou não.
via 9to5Mac