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Aparentemente Jeff Bezos tenta, tenta muito ser como Steve Jobs

Jeff Bezos com um Amazon Kindle

Eu sou um fã incondicional do Kindle Touch, devo confessar: se tem um gadget que me inspira a gastar meu suado dinheirinho, é esse. Pena que não está à venda no Brasil — e pena que um iPad por aqui custa R$1.650 para não ser nada mais que um chama-ladrão pra quem anda a pé num bairro de periferia. Só que a Amazon.com tem pobremas, e pobremas sérios. Duvida? Basta visitas a página principal do site: uma screenshot daquilo é basicamente a definição de “poluição visual”. É como visitar o Inferno das interfaces, para onde os pixels maus vão quando morrem.

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Agora eu sei o porquê disso… mas antes, um breve desvio.

YouTube video

Eu desconfiava de que havia algo de errado com Jeff Bezos desde que vi uns trechos da keynote de apresentação do Kindle Fire. Foi como ver uma Stevenote mal-feita e sem plateia. Sério: todos os elementos para uma apresentação perfeita estavam quaaase lá, só que eram mal executados, e os momentos em que normalmente você espera ouvir uma explosão de aplausos e gritos eram recebidos com grilos absoluto silêncio. Dá #VergonhaAlheia ver essa keynote do Bezos.

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Daí, hoje um engenheiro do Google cometeu um erro crasso e hilário: na hora de compartilhar uma espécie de carta de reclamação com seus pares, o cara escolhe o Circle errado no Google+ e o texto caiu na rede. Publicamente. #facepalm Bem, agora ele está imortalizado no Silicon Filter e certamente ninguém na gigante de buscas está feliz, pois um dos seus, um filho do seu ventre há seis anos simplesmente descascou tudo a respeito do Google+ como estratégia e plataforma. É Schadenfreude para o resto do ano.

“Hmmm… o que isso tem a ver com o Bezos?” Esse cara que publicou o texto (Steve Yegge é o nome) trabalhou por seis anos na Amazon.com e digamos que ele não tinha coisas muito gentis para falar sobre a experiência. Uma dessas coisas me chamou a atenção imensamente:

Jeff Bezos é um microgerente infame. Ele microgerencia cada pixel do site de varejo da Amazon. Ele contratou Larry Tesler, cientista chefe da Apple e provavelmente o especialista em interação homem-computador mais famoso e respeitado do mundo, e então ignorou cada maldita coisa que Larry disse por três anos, até Larry finalmente — e sabiamente — deixou a companhia. Larry fazia esses grandes estudos de usabilidade e demonstrava além de qualquer resquício de dúvida que ninguém conseguia entender aquela droga de site, mas Bezos simplesmente não conseguia largar daqueles pixels, todos aqueles milhões de pixels carregados de semântica na tela de destino. Eles eram como milhões de filhos preciosos dele. Por isso eles ainda estão todos lá… e o Larry não está. […] [Jeff Bezos] é um típico… bem, Steve Jobs, creio. Exceto pelo sendo de estilo ou design.

Ao ler isso, eu entendi duas coisas: 1. por que eu ODEIO navegar no Amazon.com (eu acho que é um dos piores sites jamais feitos por mãos humanas), e 2. é exatamente esse o tipo de comportamento que Steve Jobs teria, mas com uma diferença fundamental — ele tinha bom gosto… menos pro nome original do iMac, mas isso é passado. Agora eu acho que entendo. Ao que parece, Jeff Bezos tenta imitar, conscientemente ou não, o estilo de Jobs… pena que falhe epicamente nisso.

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Ah, e pra quem quiser deitar e rolar em muitos detalhes sórdidos sobre várias agruras de Google e Amazon, a carta completa foi retirada do ar na postagem original, mas, sabe como é, a Internet NUNCA esquece.

[via parislemon]

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