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iPad Pro

iPad Pro de 11″ ou 12,9″: qual escolher?

Desde o lançamento do primeiro iPad, em 2010, a Apple tem se consolidado como líder no mercado de tablets. O produto passou por diversas fases, apareceu em sua versão mini e também em uma desajeitada tela de 12,9 polegadas.

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Desde 2018, a empresa decidiu colocar o iPad para brigar de perto com computadores, lançando sua versão Pro de 11″ e 12,9″. Além do design totalmente reestilizado e porta USB-C, o modelo foi logo presenteado com um sistema operacional próprio (iPadOS) e, finalmente, após tantos pedidos, ganhou suporte a mouse/trackpad — consolidado com o lançamento do Magic Keyboard, em 2020.

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Eu tive iPad entre 2010 e 2014. Depois, achei que o produto ficou meio deslocado entre os modelos de iPhones Plus (hoje, Max) e Macs. Mas, com esse upgrade de 2020, eu reencontrei o lugar para o iPad na minha vida: como um computador mais portátil, para usar em qualquer lugar, deixando o Mac mais para ser usado em casa.

Tudo ia lindo e maravilhoso com meu iPad Pro de 11″ até que, em 2021, a Apple resolveu deixar a versão menor do modelo Pro características diferentes. Antes, os produtos se diferenciavam apenas pelo tamanho; em 2021, a famigerada tela Liquid Retina XDR chegou apenas para o modelo maior.

Depois de uma dúvida cruel, acabei optando pelo de 11″ mesmo, com uma pontinha de dúvida se tinha tomado a decisão certa. Mas, com aquela sorte que às vezes atinge os apaixonados por tecnologia, eis que um iPad Pro de 12,9″ de uma das empresas que trabalho caiu em minhas mãos!

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Agora, três meses depois de usar os dois simultaneamente e de fazer comparações e testes, me senti tranquilo para escrever um comparativo a fim de ajudar você, que talvez ainda esteja em dúvida e precisa de uma opinião baseada em uso mesmo, e não apenas nas características técnicas de ambos.

Vamos lá?!

Semelhanças

Vamos começar pelas semelhanças. Ambos os iPads são equipados com o chip M1, 1TB de armazenamento (modelos que vêm com 16GB de RAM), Magic Keyboard e Apple Pencil de segunda geração. Vale lembrar que as câmeras frontal e traseiras, o Palco Central (Central Stage) e todas as demais características anunciadas para os dois produtos são idênticas.

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Em termos de performance, os dois iPads mandam muito bem: iMovie, Photoshop, suíte Office e mesmo um app para rodar dados estatísticos (para quem já usa, algo na linha de Stata e SPSS) funcionam perfeitamente e com ótima velocidade de processamento — inclusive, em algumas tarefas, mais rápido que o Mac M1 com as mesmas características.

Bateria

Esse é sempre um item importante e discutido em todos os devices, ao mesmo tempo que é bastante difícil de ser mensurado devido às diferentes formas de usar o produto.

Embora o iPad Pro de 12,9″ seja maior, ao ser utilizado de maneira semelhante a seu irmão menor, o consumo de bateria é praticamente idêntico. Se utilizar o brilho na metade, as baterias de ambos duram em torno de 11 horas de trabalho (o que, convenhamos, é um espetáculo). Quando o brilho está no máximo e você utiliza apps mais pesados, o consumo aumenta bastante, mas a bateria maior compensa o gasto da tela XDR e a duração é novamente semelhante. Utilizando com esse brilho em 100% para assistir a filmes/séries ou para edição de vídeo, cheguei a 6h-6h30 de bateria.

A famosa tela Liquid Retina XDR

Sim, ela é especial. Assistir a um filme e jogar (não sou muito de jogo, mas usei para testar) fica muito mais rico com essa tela. Colocadas lado a lado, é nítido o quanto o modelo de 12,9″ tem uma impressão mais viva, cores mais vibrantes e definições fantásticas em relação ao de 11″.

O problema é que assistir a filmes é apenas uma das coisas que você vai fazer em um iPad. Na maior parte do dia, você vai usá-lo para trabalhar e, a menos que você trabalhe com arte, design e afins — e nesse caso eu recomendo muito! —, você vai trabalhar com a tela a meia luz. Mais do que isso até pode cansar a sua vista.

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Ou seja, para a maior parte das tarefas e utilização em um grupo mais expressivos de usuários, a tela Liquid Retina XDR não vai fazer muita diferença.

Portabilidade e usabilidade

Nesse ponto, o fator “gosto pessoal” vai pesar. Se por um lado o teclado e a tela maior tornam o modelo de 12,9″ mais confortável na substituição de um computador, por outro, quando usado realmente como tablet, o de 11″ da um banho em usabilidade.

Fora do Magic Keyboard, o de 12,9″ me pareceu desajeitado, grande, ruim de manusear. O de 11″ tem o tamanho de um livro, é agradável de ler nele, de usar como bloco de anotações com a Apple Pencil… e no teclado, embora fique menor, dá para digitar bem e trabalhar com certo conforto.

Carregar um “computador” como se fosse apenas uma agenda é realmente uma sensação muito prática e até impressiona quem está ao redor. Em relação ao peso, confesso que achei que sentiria mais a diferença entre eles. Embora o de 12,9″ tenha um peso considerável a mais junto ao teclado, na prática eu não senti tanto. Mas em termos de praticidade, o de 11″ é muito superior.

Falhas

Se seu objetivo nesse post não é apenas decidir entre os dois iPads, mas também avaliar se é possível trocar o Mac pelo iPad, fica um alerta: na minha opinião, há algumas coisas que a Apple ainda precisa evoluir para que ele tenha plenitude nesse status.

Talvez, a mais importante de todas seja permitir estender o monitor — atualmente é possível apenas espelhar (embora usando o PowerPoint ou o Keynote você consiga estender o modo apresentação, ficando com o modo do apresentador no iPad).

Por parte dos desenvolvedores, alguns ainda não enxergaram que o iPad não é um “iPhone grande” e tratam suas versões para o tablet e para o smartphone de maneira muito semelhante. O Zoom para iPad, por exemplo, não permite que o host use as Breakout Rooms, um dos principais recursos de interação para professores e palestrantes. No PowerPoint, você não consegue selecionar vários slides de uma vez para apagar ou alterar a ordem (sim, parece ridículo, mas é verdade).

O Google também tem suas limitações, tanto que preferiu excluir o app do Drive e do Classroom e trabalhar apenas no browser, para que sejam entendidos como em um computador e não em um smartphone. Espero que essas coisas evoluam rápido.

Conclusão

Todas as vezes em que leio reviews comparativos, me irrita um pouco quando a pessoa no fim não se posiciona sobre a decisão. Vou tentar evitar esse paradigma, embora agora compreenda como as decisões são pessoais e não podem definir um padrão para todos.

Se — e somente se — você trabalha com design e/ou vídeo, e passa a maior parte do tempo utilizando o iPad para esses fins, o modelo de 12,9″ é a escolha certa. Agora, se o que você busca é usabilidade, portabilidade, flexibilidade e praticidade, o de 11″ é, sem dúvida, a melhor opção.

Mais leve, ele cabe em qualquer pasta ou bolsa; o teclado é prático, adaptável para trabalhar no banco de trás do Uber, no avião, no ônibus, na mesinha pequena de um café ou até na mão, transmitindo direto uma apresentação ou aula.

Na minha opinião, para ter um de 12,9″, seria melhor ter logo um MacBook Air. Mas, uma confissão: se eu tivesse dinheiro sobrando, teria todos! E você? Compartilhe conosco a sua opinião.


Comprar iPads Pro de Apple Preço à vista: a partir de R$8.819,10
Preço parcelado: a partir de R$9.799,00 em até 12x
Telas: 11 ou 12,9 polegadas
Cores: cinza-espacial ou prateado
Capacidades: 128GB, 256GB, 512GB, 1TB ou 2TB
Conectividade: Wi-Fi ou Wi-Fi + Cellular

Comprar Magic Keyboard para iPads Air e Pro de Apple Preço à vista: a partir de R$2.989,80
Preço parcelado: a partir de R$3.322,00 em até 12x
Tamanhos: 11 ou 12,9 polegadas
Cores: branco ou preto

Comprar Apple Pencil (2ª geração) de Apple Preço à vista: R$1.363,50
Preço parcelado: R$1.515,00 em até 12x

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