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Quão pessoal, inteligente e natural a Siri poderá se tornar, dentro de alguns anos?

Siri

Recentemente, recebemos dicas de leitores sobre um artigo de um veículo brasileiro afirmando algo como “a Siri em português está pronta e já foi enviada pela Nuance para a Apple”. Se quem divulgou essa informação de fato obteve alguma novidade quente, essa pessoa misturou um tanto as bolas.

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Há anos é sabido que a Nuance Communications está por trás das tecnologias de reconhecimento de fala usadas pela Apple no iOS, mas isso é muito diferente de afirmar que ela tem algum envolvimento direto com a Siri. Quem faz a Siri é a Apple, principalmente a equipe dela que veio da empresa homônima adquirida em abril de 2010.

O que a Nuance pode ter entregado para a Apple, sim, é uma versão atualizada do seu pacote de reconhecimento de fala em português — o qual já existe há bastante tempo, vide o app Dragon Dictation. Mas se a Nuance já tem tecnologia para tantos idiomas não suportados nativamente pela Siri, inclusive o português, o que impede a Apple de expandir a sua assistente pessoal?

Simples: ela é muito mais do que um mero reconhecimento de termos transcritos para linguagem escrita.

Siri

O grande desafio da Siri e de outras assistentes modernas é ser fluida, inteligente, natural. É permitir que o usuário possa obter a previsão do tempo da sua cidade da mesma forma como perguntaria a um amigo, sem ter que dar um comando robótico ao smartphone. É por isso que a Apple destacou tanto isso no lançamento do iPhone 4S; não é muito mais bacana poder perguntar “Siri, vai chover hoje?” do que algo como “Siri, previsão do tempo, São Paulo” (e qualquer coisa minimamente diferente disso não funcionar)?

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Deixar todo esse sistema semântico num nível satisfatório não é uma tarefa nada fácil, muito menos rápida — ainda mais dentro dos padrões da Apple. É por isso, também, que até hoje a Maçã não abriu uma API da Siri para desenvolvedores terceiros. Afinal de contas, eles também teriam que pensar em todas essas inúmeras possibilidades de perguntas/respostas para cada ação existente em seus aplicativos — e em múltiplos idiomas!

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Não é à toa que a Apple publicou há alguns dias uma vaga de emprego no LinkedIn buscando justamente profissionais especializados nesse tipo de tecnologia. Ela quer deixar sua assistente cada vez mais única/distinta, o que certamente é necessário, visto os avanços da concorrência [*cof* Google! *cof] em outras plataformas. Pensem só na complexidade do Brasil, com tantas gírias e sotaques diferentes.

E não basta apenas aprimorar a compreensão da assistente; a forma como ela responde e se comunica com o usuário também deve se tornar mais fluida e natural, um aspecto que o Google (sim, de novo ele) conseguiu evoluir bem no Android/Now/app Search. Se não entendeu o que eu quis dizer, assista a este vídeo que postamos há alguns meses aqui no site. E eu nem vou falar no quesito “velocidade”.

A Siri já é fantástica hoje em dia e melhorou bastante do iOS 5 pro 6, mas ainda pode evoluir absurdamente em inúmeros aspectos. É só ver quantos a usam ativa e diariamente; eu garanto que não sou um desses, mesmo falando inglês fluentemente.

[via 9to5Mac]

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Conceitos: Central de Notificações, acesso a ajustes e Game Center para o iOS 7

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