Pois é, senhoras e senhores: parece que a redução de taxas nas principais lojas de aplicativos é uma tendência que veio para ficar.
A Apple inaugurou a “moda” (estimulada por uma série de investigações antitruste ao redor do mundo, vale notar) no fim do ano passado, com o Programa para Pequenos Negócios da App Store, que corta as taxas pela metade para desenvolvedores menores. O Google, então, seguiu a Maçã meses depois com uma política parecida — e agora deu um passo adiante, como informou a Bloomberg.
Hoje mais cedo, a companhia anunciou que passará a cobrar uma taxa de 15% em todas as assinaturas realizadas pelo sistema de pagamento do Google Play. Até hoje, a empresa tinha uma política semelhante à da Apple: 30% durante o primeiro ano de uma determinada assinatura, e 15% daí em diante. Agora, a taxa reduzida valerá já a partir do primeiro dia de qualquer assinatura — não apenas para pequenos desenvolvedores, e sim para toda a comunidade.
Além disso, aplicativos de algumas categorias específicas, como streaming de músicas e livros digitais, serão elegíveis a taxas ainda menores — “de até 10%”, segundo o Google, sem especificar os detalhes da redução.
Segundo a gigante, a redução foi motivada pela impossibilidade que muitos desenvolvedores têm de se beneficiar com o corte das taxas no modelo atual. Por conta do chamado churn rate (a taxa que mede a rotatividade de clientes de um serviço ou empresa), o benefício das taxas reduzidas após um ano de assinatura acaba sendo mínimo para a maioria dos desenvolvedores. Com a nova política, os benefícios serão muito mais palpáveis.
O Google não cita esse fator, mas obviamente a movimentação é pensada, também, para apaziguar os ânimos dos desenvolvedores e dos órgãos antitruste ao redor do mundo — assim como a Apple, a empresa está na mira de uma série de investigações por um suposto abuso de poder de mercado e aplicação de taxas abusivas. Com desenvolvedores mais satisfeitos, a situação poderá ser arrefecida de alguma forma (ou assim espera a empresa, pelo menos).
Resta saber, agora, se a Apple seguirá os passos da rival. Seria uma boa, não acham?
via TechCrunch