Talvez uma das maiores novidades que podem ser anunciadas na WWDC23 é o bastante especulado headset de realidade virtual/aumentada da Apple, supostamente em desenvolvimento há alguns anos. Após diversos rumores e estimativas, temos uma nova projeção que pode ser importante para ajustar as expectativas em relação aos resultados e à recepção do possível novo produto.
Em uma análise sobre o mercado de headsets de VR/AR em 2023, a firma de consultoria TrendForce afirmou que o segmento deverá observar um declínio nas vendas neste ano. Entre as razões para isso, estão os altos preços dos produtos, o que deverá motivar as fabricantes desses dispositivos a apostar em novas estratégias de vendas e no desenvolvimento de opções mais acessíveis.
Com relação à Apple, as projeções afirmam que o headset a ser lançado pela empresa deverá ser direcionado primariamente a desenvolvedores, o que significará especificações mais parrudas e, ao mesmo tempo, um aumento nos custos dessa categoria de dispositivos. Unindo essas questões a problemas com a produção, o novo aparelho deverá ficar predominantemente em pré-venda neste ano.
Assim, para a TrendForce, apenas 100 mil unidades do dispositivo deverão ser vendidas neste ano, com uma produção total estimada em 300 mil headsets. Vale lembrar que o produto deverá chegar por um valor não muito acessível (de US$3-5 mil), justamente por ainda ser a primeira geração de um dispositivo que teve um alto de custo de desenvolvimento e tem um elevado custo de produção.
Do ano passado para cá, essas estimativas de venda do headset vêm diminuindo, já tendo passado de 1 milhão, como lembrou o MacRumors, depois caindo para 900 mil (do analista Ming-Chi Kuo) e mais recentemente para 500 mil, por parte do jornalista Mark Gurman (da Bloomberg). Pode-se depreender que o novo produto, caso realmente seja lançado, não seja um grande sucesso de vendas — pelo menos em um primeiro momento.
A projeção da TrendForce dá conta, ainda, de que o mercado de VR/AR deverá encontrar limitações entre 2023 e 2025 devido a questões como a baixa margem de lucratividade, desestimulando fabricantes a investirem na área. Apenas após 2025 poderá ser possível observar um crescimento anual de 40% nesse segmento.
Vamos aguardar!