O que não faltam são artigos aqui no site cobrindo a crise mundial afetando chips destinados às indústrias de tecnologia e automotiva, e mais recentemente temos visto que a Apple demorou, mas já está sendo fortemente impactada por isso agora.
Quando falamos da Apple, obviamente estamos nos referenciando às diversas parceiras/fornecedoras dela. Uma das mais importantes, hoje em dia, é a Taiwan Semiconductor Manufacturing — mais conhecida pela sigla TSMC —, que fabrica todos os SoCs (system-on-a-chips) que equipam iPhones, iPads e, agora, Macs.
No ano passado, com o chip A14 Bionic, a Apple migrou do processo de 7 para um de 5 nanômetros. Este ano, com o A15, ela manteve os 5nm, afirmando apenas que os chips agora utilizam um processo aprimorado de manufatura; o “M2” também deverá seguir o mesmo caminho.
Para 2022, rumores indicam há um tempo que os chips da Maçã passariam para os 3nm (ou, em alguns casos, 4nm). Mas a tal crise poderá atrasar os planos de ambas Apple e TSMC.
De acordo com uma reportagem do The Information, a Apple e a taiwanesa estão mais próximas do que nunca e isso significa que, atualmente, a Maçã depende muito do que a TSMC consegue lhe entregar. Dos US$48,08 bilhões faturados pela TSMC no último ano, um quarto vieram da Apple.
Num cenário como o que estamos enfrentando, fazer uma transição dessas na fabricação de processadores se torna mais delicada do que nunca — afinal, estamos falando de chips que se tornariam ainda menores, mais complexos e mais eficientes.
A possibilidade de vermos um “A16” de 3nm no ano que vem (e quem sabe um “M3”, posteriormente) ainda existe, mas a Apple e a TSMC terão que rebolar para conseguir essa façanha.
via Cult of Mac