Brandon Yoon (também conhecido como Yoon Koo), diretor-geral da Apple na Coreia do Sul, apresentou ontem (4/11) à empresa um pedido de renúncia ao seu cargo.
A decisão, considerada inesperada e repentina pela indústria, chega pouco tempo após o governo do país asiático aprovar lei “anti-App Store”, a qual busca impedir empresas como Apple de impor métodos de pagamentos nas suas lojas de aplicativos.
Yoon está no cargo desde 2018, após passar um longo período na Samsung. Sob sua administração, a Maçã expandiu sua participação na Coreia do Sul, o que incluiu a abertura da primeira Apple Store do país, localizada no distrito de Gangnam (em Seoul). Com a saída da LG do mercado de smartphones, era esperado que a empresa aumentasse ainda mais sua fatia no mercado coreano.

A decisão do executivo causa estranheza pelo recente bom desempenho da linha iPhone 13 no país, além da grande adesão do público ao Apple TV+, lançado nesta semana junto à primeira produção sul-coreana do serviço.
Em agosto, o governo sul-coreano alterou sua Lei de Negócios da Telecomunicação para proibir que gigantes como a Apple e o Google forcem desenvolvedores a usarem seus métodos de pagamento específicos, como as In-App Purchases, no caso da Maçã. Yoon depôs para a empresa no caso, que era uma das principais exigências da Epic Games em seu processo contra a Maçã.
No entanto, de acordo com Mark Gurman, da Bloomberg, a renúncia não está relacionada ao caso, embora o timing do anúncio sugira isso — disseram pessoas próximas ao executivo.
A Apple se recusou a comentar a situação.