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Pesquisadores descobrem nova falha de segurança no Bluetooth LE

A falha permite que um potencial stalker rastreie a sua localização — mesmo que o Bluetooth do seu aparelho esteja desligado
Configurações Bluetooth no iPhone

Falhas de segurança em diferentes versões do protocolo Bluetooth não chegam a ser novidade — nós mesmos já falamos de várias delas aqui no MacMagazine. Uma nova vulnerabilidade descoberta por pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego [PDF], entretanto, pode ser uma das mais graves até o momento.

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A brecha, segundo os pesquisadores, afeta cerca de 40% dos dispositivos móveis — laptops, smartphones, tablets, relógios inteligentes e afins — equipados com Bluetooth LE (Low Energy) e permite que potenciais malfeitores identifiquem determinados aparelhos (e, portanto, usuários) e rastreiem o movimento deles numa área, comprometendo a sua segurança.

O problema, segundo o estudo, está no padrão de sinais Bluetooth emitido pelos dispositivos — com alguns segundos de análise, um invasor pode criar uma “fingerprint” de um determinado aparelho com base nestes padrões, mesmo em um ambiente cheio de outros dispositivos também com o Bluetooth ligado.

Para comprovar a vulnerabilidade, os pesquisadores fizeram experimentos em locais com grande circulações de pessoas — uma cafeteria, uma praça de alimentação e uma biblioteca, por exemplo — e usaram um receiver Bluetooth qualquer, disponível comercialmente, para captar sinais de dispositivos nas proximidades.

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Dos 162 dispositivos captados nas redondezas, cerca 40% deles eram identificáveis. Munidos dessas informações, os malfeitores poderiam “ligar” uma determinada assinatura de sinais Bluetooth a um usuário específico e, com isso, rastrear a localização da pessoa com base na força do sinal do seu dispositivo. Esse rastreamento teria uma precisão de 97%, tornando-o potencialmente “útil” para stalkers e outros tipos de criminosos.

Segundo os pesquisadores, iPhones são mais fáceis de serem identificados do que dispositivos Android por emitir sinais mais fortes. E, de acordo com o estudo, simplesmente desligar o Bluetooth no seu aparelho pode não ser o suficiente, já que determinados dispositivos emitem sinais mesmo com o protocolo desligado — a única opção para se proteger completamente, portanto, seria desligar o aparelho.

Por ora, ainda não há sinal de correção para a falha, então é bom ter consciência dela — especialmente caso você seja uma pessoa de interesse público ou visada por stalkers. Vejamos se, com a publicação do estudo, as fabricantes terão algo a dizer sobre isso.

via PhoneArena

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