Nos últimos meses, acompanhamos a Apple em diversas polêmicas com seus funcionários se tratando de temas indo de sexismo e assédio a desigualdade salarial e outros problemas dentro da empresa — muitos deles impulsionadas pelo #AppleToo
.
O movimento busca melhores condições em diversos aspectos dentro da empresa e, inclusive, divulgou diversas histórias relacionadas a problemas enfrentados por funcionários em seu site oficial.
Hoje, Cher Scarlett, uma das idealizadoras do projeto, anunciou que deixará a Apple (efetivamente a partir de sexta-feira, 19/11) depois de chegar a um acordo com a empresa. As informações são da Bloomberg.
Estou demorando um pouco para decidir aonde gostaria de ir em seguida e anunciarei quando tiver tomado essa decisão.
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A engenheira havia aberto uma reclamação na U.S. National Labor Relations Board (NLRB), agência encarregada de defender as leis trabalhistas dos Estados Unidos, alegando que o departamento de recursos humanos da Apple tentou interferir nos esforços dos funcionários de coletar dados salariais e que a administração “se envolveu em atividades coercitivas e supressivas as quais permitiram o abuso e o assédio” dos trabalhadores organizadores.
Os dados salariais coletados foram, posteriormente, compilados em uma pesquisa demandando mudanças dentro da empresa. Com a firmação do acordo, Scarlett deverá retirar a queixa com junto à NLRB.
Apesar de Scarlett dizer que a sua saída da empresa é voluntária, essa não é a primeira funcionária envolvida em polêmicas a deixar (ou ser demitida). Janneke Parrish, líder do movimento #AppleToo
, foi uma delas — a qual, inclusive, já abriu uma queixa trabalhista contra a Maçã.
Detalhes do acordo de Scarlett não foram revelados. A Apple, como de costume, não quis comentar o caso.