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Novo programa de reparo não estenderá vida média de iPhones, aponta pesquisa

Urbanscape / Shutterstock.com
iPhones 13 à venda em Apple Store na Tailândia

Ontem, a Apple surpreendeu seus usuários (e o universo tecnológico em geral) ao anunciar o Self Service Repair, um programa que permitirá que usuários comuns adquiram peças e ferramentas genuínas para realizar determinados reparos em seus iPhones em casa, por conta própria.

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O movimento, claro, não foi completamente espontâneo: a Apple sabe que está na mira de uma série de órgãos reguladores ao redor do mundo, e os ativistas do Direito ao Reparo têm feito bastante barulho em prol de opções mais flexíveis para o conserto de aparelhos. Até mesmo acionistas da empresa já se manifestaram a favor de regras mais flexíveis nesse sentido.

Ainda assim, o programa é uma novidade muito bem vinda — mas será que ela fará uma diferença real no universo dos iPhones? Segundo dados da pesquisa mais recente da Consumer Intelligence Research Partners (CIRP), é provável que não.

A firma fez uma pesquisa entre donos de iPhones para avaliar se o programa de fato expandirá a vida útil média dos smartphones. Em outras palavras, a ideia era saber se uma quantidade significativa de usuários recorrerá ao Self Service Repair para realizar consertos nos seus aparelhos e, com isso, adiar a aquisição de um novo iPhone.

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O problema é que, de acordo com os achados do estudo, os elementos principais cobertos pelo programa — tela e bateria — ainda estão plenamente utilizáveis em boa parte dos iPhones ativos no mundo.

No caso da tela, especificamente, 65% dos usuários entrevistados têm o componente em condição “perfeita”, enquanto outros 17% têm um painel com riscos, mas utilizável. No caso de outros 12%, o display tem rachaduras ou trincos, mas pode ser utilizado normalmente. Apenas 6% afirmaram ter uma tela com danos que impossibilitam o uso do aparelho.

A bateria já é um ponto um pouco mais delicado: 26% dos entrevistados afirmaram que seus aparelhos duram o dia inteiro (ou mais) longe da tomada, enquanto 34% disseram que o dispositivo dura “boa parte do dia” sem um carregamento extra. Outros 26% afirmaram que o iPhone dura cerca de metade do dia, enquanto 14% disseram que seu aparelho precisa ser recarregado basicamente a cada duas horas.

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Resumo da ópera: boa parte dos usuários, segundo a CIRP, ainda têm tela e bateria perfeitamente utilizáveis e não deverão acionar o programa da Apple — e parte da “culpa” sobre isso é o próprio esforço da Maçã em entregar componentes mais duráveis. Segundo Josh Lowitz, analista da firma:

Baseando-se no que os consumidores têm dito sobre a condição dos seus iPhones atuais, em vias de serem trocados, parece que uma quantidade pequena de usuários acionaria o programa para adiar a compra do seu novo smartphone. […] Claramente, os esforços da Apple em melhorar a durabilidade das suas telas e a qualidade das suas baterias está mostrando efeito — mesmo que os usuários continuem reclamando, especialmente sobre bateria. De acordo com o que os usuários dizem sobre a condição dos aparelhos, muitos compradores de novos iPhones têm dispositivos adequadamente utilizáveis.

A pesquisa da CIRP utilizou como amostra 2.000 compradores de iPhones nos Estados Unidos entre outubro do ano passado e setembro de 2021.

E aí, concorda com os achados? Pretende acionar o programa da Apple, caso ele seja disponibilizado por aqui? Deixe suas impressões logo abaixo.

via Apple World Today

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