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Expo 2020 destaca carros autônomos e Steve Jobs como um dos inventores do século

Não, a data não está errada. A Expo 2020 realmente aconteceu em 2021/22, devido à pandemia da COVID-19. A World Expo acontece desde 1851 e busca trazer um panorama de todos os países e de seu desenvolvimento, inovação e oportunidades de negócios. Para sediar a feira, cidades de todo o mundo se candidatam e são escolhidas em uma comissão. A edição 2015 foi em Milão, a de 2020 em Dubai e a de 2025 será em Osaka, no Japão.

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Ao todo são mais de 200 pavilhões, 192 países representados e diversos shows e atrações que ocorrem durante um período de seis meses, entre 1º de outubro de 2021 e 31 de março de 2022. Em cada época nesses mais de 170 anos de feira, diferentes ênfases foram estabelecidas como destaque em cada edição. Grandes invenções (como o telefone) bem como importantes monumentos (como a Torre Eiffel) foram lançados nelas.

A Expo 2020 teve três temas principais: Mobilidade, Oportunidade e Sustentabilidade.

Destaques da feira

Em minha visão, podemos destacar cinco pontos como os mais presentes em todos os pavilhões da feira e nas propostas para o futuro.

  1. Energia limpa: existe uma crítica forte à utilização de energia fóssil por todos os países. A busca por outros recursos como energia solar e eólica foi apresentada como solução e caminho sem volta para a sustentabilidade do planeta no médio e no longo prazo.
  2. Redução da emissão de CO2: claro que gerou polêmica e ninguém foi inocente a ponto de acreditar que a retirada dos carregadores dos iPhones teve uma motivação 100% relacionada ao meio ambiente — basta ver os números demonstrados recentemente quanto aos ganhos da Apple com essa estratégia —, mas a intenção de redução do CO2 é um caminho bem acertado e atual escolhido pela empresa. Diversos países procuraram demonstrar suas metas de redução de CO2 até 2030, chegando à completa eliminação em 2050.
  3. Carros elétricos, autônomos e voadores: cada um dos temas principais ocupou um distrito da feira, com diversos países apresentando suas exposições. O distrito de Mobilidade foi um dos pontos altos da exposição. Diversos países demonstraram como sonham o tráfego de suas cidades mais populosas para os anos de 2030 e 2050. Dubai e Bruxelas destacaram um plano para que existam carros voadores, autônomos e elétricos para 2050, abrindo espaço para uma maior arborização nos projetos urbanos, cidades mais limpas e sustentáveis. Um pavilhão inteiro foi dedicado a contar a história da mobilidade no mundo, com flashes desde a criação das sandálias que permitiram ao homem caminhar por trechos maiores, até as grandes inovações previstas para os próximos 30 anos. Para os expositores, o carro autônomo está mais próximo e presente do que se imagina. Foram apresentados dados de que, nos últimos três anos, já foram percorridos 3,2 milhões de quilômetros por carros autônomos, especialmente na Califórnia.
  4. Robotização: sabemos que os robôs já estão presentes em diversas linhas de produção e atividades profissionais automatizadas. Mas, ao que tudo indica, a visão da SciFi já mostrada no passado, é de que eles passarão a fazer parte de nosso dia a dia em uso doméstico. Ideias semelhantes aos droides de “Star Wars”, com vida quase própria e tomada de decisão, estão nos planos das empresas de tecnologia.
  5. Inteligência artificial: muito se falou nela nos últimos anos, mas seu uso ainda tocou apenas a profundidade do que pode ser feito. A IA foi demonstrada de maneira muito mais profunda e presente em todas as áreas da vida das pessoas. Em parceria com os robôs, ela será a principal ferramenta de entretenimento em um futuro próximo.

Steve Jobs entre os grandes inventores do século

No pavilhão dos Estados Unidos, foram destacadas: a liberdade do país (seria alguma provocação à região da feira?); os avanços no espaço, com réplica do foguete da SpaceX de Elon Musk; e grandes invenções de americanos que beneficiaram a humanidade como um todo.

Na galeria, bem ao lado de Alexander Graham Bell, encontramos a imagem de Steve Jobs e o iPhone. O fundador da Apple foi celebrado como um dos grandes inventores da história e o iPhone como uma revolução da mesma magnitude da invenção do telefone, revolucionando a telefonia móvel.

Conclusão

O futuro se mostra promissor. Particularmente, tenho a impressão de que não temos uma inovação realmente disruptiva desde 2007, com o iPhone. Se olharmos para os carros e outros meios de locomoção, sejamos honestos, pouco progresso foi empreendido além de velocidade, conforto, segurança e potência. Ainda precisamos entrar de lado para estacionar um carro, não temos os sonhados carros voadores (que na ficção científica já estariam disponíveis em nosso tempo) e os carros elétricos ainda estão engatinhando na maioria dos países.

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Temos visto muita especulação sobre o tão esperado “Apple Car”. Considerando as tendências mundiais, o veículo pode estar demorando mais que o esperado para adaptar-se a um modelo completamente novo de veículo, como já vimos nas análises de alguns leakers.

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Seria o “Apple Car” um conceito semelhante ao demonstrado no filme “O Canto do Cisne”, produção original da Apple TV+? Ou já seria um modelo com proposta flutuante e disruptiva? Pelo histórico da Apple, eles não deverão lançar algo totalmente novo, mas sim o aprimoramento de tecnologias já testadas por outras empresas. Só o tempo nos revelará o plano (e esse provavelmente estará fora das possibilidades da grande maioria dos brasileiros, uma vez que será difícil trazer na mala ou encomendar pela Zip4Me).

Quem sabe, assim como o iPhone, a Apple não entrará para história com uma revolução totalmente disruptiva com seu carro? Será esse, o destaque da feira de Osaka em 2025? Vamos aguardar ansiosos pelos próximos passos da tecnologia!

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